Números confirmam liderança tranquila da Globo

Quem assiste televisão aberta tem uma postura conservadora na escolha dos canais, dando a Globo a liderança sem risco. A participação de audiência nos televisores ligados é de 36%, mais do que a soma de SBT e Record.
Os dados do Kantar Ibope do Painel Nacional de Televisão – 15 cidades – de janeiro a outubro mostram, também, levando em conta o total de aparelhos, que as principais emissoras somam 30%. Significa que, na média do dia, 70% estão desconectados ou usando outros meios.
Conquistar essa parte, que liga TV aberta somente em eventos de grande porte, é um grande desafio e uma tarefa incerta. O mais provável é que a escolha do cliente no futuro será ver algo de interesse no horário que lhe convier.
A TV brasileira mantém-se no posto de veículo de massa e grande receptor de anúncios. Um ponto no Ibope vale muito dinheiro. Por isso, agora em dezembro, a Record dá uma virada na programação noturna, tentando reconquistar o segundo lugar.
Ranking
Esta é a tabela de audiência do PNT em 2019, até agora, segundo levantamento do UOL:
Globo - 16,05 pontos e 35,89% share
SBT - 6,09 pontos e 13,62%
Record - 6,02 pontos e 13,47%
TV Band - 1,39 e 3,12%
RedeTV - 0,57 e 1,28
Desempenho
Há uma boa parcela de consumidores de informação que ficou desnorteada em Santa Catarina com o desparecimento simultâneo de vários títulos do grupo NSC. Se evaporaram o Diário Catarinense, A Notícia, Jornal de Santa Catarina e A Hora. Antes já tinha fechado o Sol, de Itajaí.
Esse público está em uma espécie de limbo, sem definir um canal específico para se informar. Parte foi para o Notícias do Dia, do Grupo RIC, e a maior parte navega pela internet, a procura de títulos que lhe interessam. Por isso, em um primeiro momento, a extinção de grifes conquistadas em anos de mercado, englobando-as em um genérico NSC Total, parece não ter sido uma decisão acertada.
Esperto
Dos colunistas que perderam espaço no impresso e atuam na internet, no momento, o que demonstra mais intimidade com o meio é Upiara Boschi. O repórter político sabe usar as ferramentas online e mostra crescimento profissional nessa transição. Além de bem informado, atualiza seus posts com frequência.