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A cruzada entre a inflação e a taxa de juros

Inflação, gráfico, c'redito: Pixabay

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou os juros para 12,75% ao ano, o maior nível desde fevereiro de 2017. Essa é a décima alta consecutiva aplicada pelo BC à taxa Selic desde o início do aumento da inflação, em março de 2021. A taxa chegou a ter o menor valor histórico de 2% em agosto de 2020 para impulsionar a economia e os reflexos negativos da pandemia. O aumento da taxa de juros é uma tentativa para frear a inflação, cuja taxa em 12 meses até março subiu para 11,30%, a maior desde outubro de 2003. Os preços tiveram uma nova alta após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro, atingindo diretamente o valor do combustível e dos alimentos, porém na espiral dos aumentos consecutivos dos combustíveis e os impactos progressivos na cadeia produtiva tendem a manter a inflação em níveis elevados.

O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos também elevou a taxa básica de juros para 1% ao ano. Este é o maior aumento em 22 anos, em meio à inflação recorde no país. Em março, a inflação chegou ao nível mais alto em 40 anos, de 8,5%, impulsionada pela guerra na Ucrânia. A tendência segue também em outros países como a Inglaterra cuja projeção da inflação para todo o ano de 2022 saiu de 5,75% e foi para 10,25%, fazendo o Banco da Inglaterra (BoE) elevar as taxas de juros para 1%. Mas por aqui o aumento da taxa de juros é mais amargo e tende a oprimir ainda mais a cambaleando economia doméstica.

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