Segundo a pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) o custo da cesta básica em Florianópolis é de R$710,53, o maior custo entre as capitais brasileiras. Paralelamente a isso, o salário mínimo teve um reajuste de R$112,00 para repor as perdas inflacionárias e passou para R$1.212,00 e mesmo assim não será suficiente para comprar duas cestas básicas por mês aqui na Capital. A situação torna-se ainda mais preocupante quando o auxílio Brasil é de apenas R$400,00 reais, cerca de 56% do valor de uma cesta básica. Não é de estranhar o aumento do número de pessoas que circulam pelas ruas ou nos semáforos pedindo ajuda a quem passa. A gestão econômica, o desemprego e a inflação estão colocando em xeque os meios de subsistência de grande parte da população. E o problema não é apenas a pandemia, mas a falta de uma direção clara em relação ao que se espera do atual Governo. E por falar nisso, não há como esperar nada novo de um Governo que há 3 anos repete os mesmos erros e continua apegado ao negacionismo, que gasta energia no combate fictício ao comunismo e em oposição às medidas básicas de combate a pandemia como o uso de máscaras e as vacinas. O Dieese defende que deveria haver não apenas uma recomposição do salário mínimo, mas um aumento real, ao afirmar que os aumentos de preços – principalmente em alimentação e bebidas, transportes e habitação – afetou principalmente os trabalhadores com renda muito próxima ao salário mínimo.
Mais 56 milhões de pessoas têm rendimento referenciado no salário mínimo, entre beneficiários do INSS e trabalhadores privados e públicos