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Ainda dá tempo de ver os indicados ao Globo de Ouro

Ainda dá tempo de ver os indicados ao Globo de Ouro
O ataque dos cães, Maid, Round 6 e Casa Gucci (Divulgação/Reprodução/Fórum Nerd)

Primeira Cine & Séries de 2022, sem grandes novidades para indicar. O mais rumoroso ainda é Não Olhe para cima, que só não viu quem não assina ou não tem algum amigo que assine a Netflix. Chegou no finalzinho de 2021 e tornou-se o filme mais comentado das redes sociais. Cada corrente ideológica puxando a brasa pro seu assado, quando na verdade aponta o dedo para todos nós. Negacionistas, militantes, fanáticos, mídia, deslumbrados, consumistas… sobrou pra todo mundo.

Vamos ver como o filme que traz Leonardo DiCaprio e Cate Blanchet se sairá no Globo de Ouro. Até agora, os favoritos na categoria dele – Melhor Filme/Comédia Musical – eram Tick,tick Boom e Amor, sublime amor.

Infelizmente, por causa das denúncias de que alguns votantes aceitavam presentes caros dos estúdios e também de não haver nenhum negro entre eles, este ano não haverá transmissão da cerimônia, ao vivo, pela TV. Bem que a HFPA- Associação de Imprensa Estrangeira em Hollywood tentou atrair celebridades, mas nenhuma quis “ queimar o filme”. Pena, não vou ver o tapete vermelho, nem os looks das estrelas!

Ainda assim, é bom saber quais são os indicados e torcer pelos favoritos. Outro motivo é que, mesmo em decadência, o Globo de Ouro continua sendo um prognóstico do Oscar. Fiz uma lista de onde você pode ver as séries e filmes concorrentes. 

O resultado sai domingo, dia 09/01. Ainda dá tempo. 

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HBO

Succession –  Esta é uma rara série que fica melhor à cada temporada. A terceira confirmou isso. Baseada em Rei Lear, de Shakespeare, a trama gira em torno de um bilionário empresário da comunicação e seus quatro filhos. Na disputa pelo império e pelo amor do pai, as traições podem vir de qualquer lugar.  O elenco é excelente.  Já estou contando os meses para a chegada da quarta temporada.

Concorre nas categorias  : Melhor Série de Drama, Melhor Ator em Série de Drama (Brian Cox, Jeremy Strong), Melhor Ator Coadjuvante (Kieran Culkin) e Melhor Atriz Coadjuvante (Sarah Snook).

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Mare of Easttown – Kate Winslet mostra  sempre que coloca o talento acima da vaidade. Nesta minissérie ela interpreta uma detetive, nada glamorosa, que precisa conciliar os dramas pessoais – como o suicídio do filho – e os casos que investiga. Produzida inicialmente para não ter continuação, os produtores estão mudando de ideia diante do sucesso de Mare. Se Kate topar, deve vir uma segunda temporada.

Concorre nas categorias: Melhor Atriz em Série Limitada e Melhor Série Limitada. 

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The White Lotus – Esta minissérie foi uma boa surpresa. Comecei a ver sem  entusiasmo e acabei gostando muito do humor ácido, do deboche com os hóspedes  ricos de um resort de luxo  e sua maneira de tratar os empregados.

Concorre na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante para Jennifer Coolidge.

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Em Terapia – Já contei aqui que fiquei decepcionada quando li que Gabriel Byrne não voltaria na quarta temporada de uma de minhas  séries favoritas,  no papel do terapeuta Dr. Paul Weston. Mas, Uzo Aduba soube ganhar meu coração, compondo uma terapeuta bem diferente. Gostei das novidades.

Concorre na categoria Melhor Atriz em Série de Drama para Uzo Aduba

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Netflix

Maid – 10 episódios

Essa minissérie sobre uma jovem mãe , tentando cuidar sozinha  da filhinha depois de abandonar o companheiro abusivo, comoveu muita gente. Trabalhando como faxineira, ela tenta conseguir ajuda da mãe, um artista plástica desvairada que também escolhe mal seus parceiros. A história é baseada na biografia best-seller de Stephanie Land.  A adorável Margaret Qualley, que vive a protagonista, é filha na vida real de sua mãe fictícia, Andie McDowell.

Concorre nas categorias Melhor Série Limitada, Melhor Atriz em TV e Melhor Atriz Coadjuvante em TV,  para Margaret Qualley e Andie McDowell.

 

Lupin –   3 temporadas

Inspirado pelas aventuras de Arsène Lupin, o ladrão gentil Assane Diop quer se vingar de uma família rica por uma injustiça cometida contra o pai dele. O carismático Omar Sy é o protagonista. Um bom entretenimento.

Concorre nas categorias Melhor Série Dramática e Melhor Ator em Série Dramática

 

Round 6 –  1 temporada

Concorre em Melhor Série de Drama, Melhor Ator para Lee Jung-Jai

 

Pose –  3 temporadas

Concorre em Melhor Série de Drama, Melhor Ator para Billy Porter

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Paramount + 4 temporadas

The handmaid´s  tale (também no Globoplay) 

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Prime Vídeo

The good Fight –  Este spin-off, ou seja, uma derivação da famosa The Good Wife, é bem simpático. A personagem de Christine Baranski agora trabalha num escritório de advogados negros, com muitos casos voltados à questão racial. Com seu conhecido carisma ( e um figurino elegantérrimo), ela é o centro de histórias de tribunal bem escritas.

Concorre na categoria Melhor Atriz em Série de Drama para Christine Baranski

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Filmes indicados

Alguns concorrentes na categoria dos filmes, também podem ser vistos em streaming.

Prime Vídeo: Apresentando os Ricardos (Melhor ator para Javier Bardem e Melhor Atriz para Nicole Kidman)

Netflix: O ataque dos cães (meu favorito e o filme com maior número de indicações) e Tick, tick boom (Melhor filme em comédia/musical; Melhor ator)

Telecine (pago à parte): Duna – Melhor Drama, Melhor Direção 

Disney+ : Cruella (Melhor Atriz em Comédia/Musical para Emma Stone)

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EXTRA

MEU PRIMEIRO MELHOR FILME DO ANO

Quem acompanha a coluna sabe que Maggie Gyllenhaal é uma das minhas atrizes favoritas. Pois, agora, a moça se aventurou na direção. E fez o belíssimo drama A filha perdida, com a Olivia Colman no papel principal. Ela soube escolher bem: adaptou um livro da misteriosa autora italiana, Elena Ferrante, de quem ninguém sabe nada a respeito.

Olivia é Leda Caruso, uma professora de meia-idade, em férias num pequeno balneário grego. A história se alterna entre o presente e o passado. Ela cruza com uma família de turistas, onde uma jovem mãe parece tensa ao cuidar da filha. Isso traz lembranças de sua vida na juventude, cuidando de duas filhas pequenas, enquanto anseia por se tornar uma acadêmica. Vamos aos poucos conhecendo as decisões questionáveis de Leda, mas não há julgamento de suas atitudes, o que torna o filme mais interessante. Claro, é para quem gosta de filmes intimistas, ritmo mais lento e reflexivo. É sobre culpa, maternidade, arrependimento. A protagonista não é a sofredora comum dos melodramas.

O marido de Maggie, Peter Sasgaard, e o veterano Ed Harris também estão no elenco. Não entendi muito a escolha de Dakota Johnson ( 50 Tons de Cinza) para o papel da jovem mãe grega, mas tudo bem, deu para o gasto. (veja o trailer).

Vídeo: Reprodução/YouTube

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THE END

*Fotos: Reprodução/Divulgação

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

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