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As escolha dos nomes para o senado alimentam a briga interna do PL de Santa Catarina

Tudo começou quando o governador Jorginho Mello, que é o atual presidente estadual do PL catarinense, disse que ele é quem irá escolher os dois candidatos ao senado da sua coligação em 2026.

Segundo o governador, uma vaga será do PL e outra será de um partido aliado. O sonho de Jorginho é ir para a sua reeleição com um vice indicado pelo MDB e nas duas vagas para o senado gostaria de ter o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), e o atual senador Esperidião Amin (PP), que também buscaria a releição.

Aliás, esse também é um desejo do ex-presidente Jair Bolsonaro, sendo para ele o cenário ideal. Ele fortaleceria a candidatura do PL ao Governo do Estado e teria os dois amigos pessoais do seu lado e praticamente garantiria as duas vagas para o seu projeto pessoal.

Mas mesmo Jorginho dizendo que “aqui tem governador e vai ter composição. Nós não iremos indicar as duas vagas para o Senado”, Jair bolsonaro disse para o colunista Léo Dias que o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, garantiu que ele é quem vai escolher os 54 candidatos ao Senado do partido.

Chegou a citar o nome de duas deputadas federais do PL catarinense para o preenchimento dessas vagas, deixando claro que quer colocar gente alinhada com o bolsonarismo.

Tudo porque o ex-presidente quer, a paartir de 2027, ter a maioria dos senadores para, segundo ele, mudar o Brasil. Ele, obviamente, estava se referindo ao STF e, em especial, ao ministro Alexandre de Moraes, que tem sido a pedra no sapado do grupo bolsonarista no cenário nacional.

 

A BASE DIVIDIDA

Diante dessa indefinição na cúpula do PL, a base se divide e, publicamente, brigam na defesa do seu grupo. Os bolsonaristas não aceitam as alianças feitas por Jorginho Mello e os defensores do governador rebatem dizendo que as alianças são necessárias para reeleger o atual governo.

E nessa guerra, o maior ponto da discórdia é o MDB, que ganhou muito espaço no Governo do Estado, mas continua aliado ao PT no cenário nacional. A indicação de Vinicius Bion para a presidencia da Fesporte, feita pelo deputado estadual Fernando Krelling (MDB), também causou um atrito com os bolsonaristas do PL porque Bion é filiado ao PCdoB. Esse foi o estopim para rachar de vez o PL em Santa Catarina.

Tanto que o deptado estadual Ivan Naatz (PL) fez uma postagem no “X” dizendo que, para reeleger Jorginho, é preciso fazer concessões e acordos e que se entrega vaga no senado para eleger governador.

Em seguida, o vereador de Blumenau, Flávio José Limnhares (PL), que é do grupo de uma deputada federal bolsonarista, rebateu dizendo que em outras eleições, o MDB, o PSD, Republicanos, UB, e PP sacrificaram as vagas de vice e para o senado e todos foram derrotados. Mas em 2018 e em 2022, as chapas puras ligadas ao ex-presidente Bolsonaro venceram sem a necessidade de coligação e para ele, “o eleitor catarinense tem deixado claro de que lado está”.   

Mesmo assim, a nomeação dos emedebistas no Governo de Jorginho Mello vai acontecer na quarta-feira, 5, onde Carlos Chiodini será o secretário da Agricultura, Emerson Stein assume a Secretaria do Meio Ambiente e Jeferson Ramos Batista será o novo presidente da Fesporte.

Os bolsonaristas do PL continuam repetindo a frase que “o governo Jorginho é um governo que levanta defunto. As urnas enterram, mas o Governo nomeia”.

 

Veja as postagens de Ivan Naatz e Flávio Linhares:

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