A ausência de Jonathan Costa pode levar Enderson Moreira a testar ajustes no esquema tático, mas a manutenção da base titular sugere confiança na estrutura atual. O confronto com o Barra no sábado (15), às 18h, na Arena Barra FC, em Itajaí, será um teste importante para avaliar a solidez do modelo de jogo e a capacidade do Avaí de se manter na liderança. O técnico mantém o esquema ou promove alterações?

Evitar queda e sonhar
Apesar da estrutura de ponta e do apoio da parceria com o Hoffenheim, o Barra vive um momento delicado no Campeonato Catarinense. Na zona de rebaixamento, a equipe precisa urgentemente da vitória contra o Avaí para manter vivas as esperanças de permanência e, quem sabe, até buscar uma vaga no mata mata.

O técnico Eduardo Souza já mostrou sua capacidade de adaptação ao surpreender o Figueirense e agora tenta repetir a estratégia diante do líder Avaí. Com o apoio da torcida na Arena Barra FC, o time aposta em uma atuação intensa para mudar seu destino no torneio.
Pressão e alerta

A derrota por 2 x 1 em casa para o Caravaggio, no clássico do Sul, acendeu o alerta no Criciúma. O time não apresentou um futebol convincente e viu a experiência do técnico Luiz Carlos Cruz fazer a diferença. Se quiser brigar pelo tricampeonato, a equipe de Zé Ricardo precisa mostrar mais do que vem jogando. Com a imprensa e a torcida já questionando o trabalho, a resposta tem que vir dentro de campo.
Perdeu o rumo?
O Figueirense vive uma queda preocupante no Catarinense. Depois de um bom início, coroado com a vitória no clássico contra o Avaí, a equipe perdeu rendimento e vem de duas derrotas seguidas – um revés para o Barra por 1 a 0 e uma goleada sofrida diante da Chapecoense por 4 a 2, em pleno Scarpelli. A defesa, a pior do campeonato, tem sido um problema grave diante dos desfalques. Para piorar, o técnico não conseguiu ajustar o time, foi mal nas substituições e saiu vaiado pelos mais de sete mil torcedores presentes.

Enquanto o Avaí cresceu após o clássico, o Figueirense desabou na tabela e já está fora do G-4. Sem organização defensiva e com jogadores importantes como Camilo e Kayke no banco, a equipe precisa reagir urgentemente contra o Caravaggio. O time perdeu o rumo e, se não encontrar soluções rápidas, pode se complicar ainda mais na competição.
Emoções à vista
O Campeonato Catarinense entra em sua fase decisiva com muita coisa em jogo. A briga pelo G-4 segue acirrada, garantindo vantagem no mata mata, enquanto o G-8 ainda tem vagas abertas para a fase eliminatória. Na parte de baixo, a luta contra o rebaixamento mantém algumas equipes em alerta máximo. Apesar do nível técnico apenas razoável, o torneio se sustenta na rivalidade e na entrega dos times em campo.
Nos últimos jogos, cada ponto será crucial. O Avaí tenta confirmar a liderança, enquanto Criciúma e Brusque buscam embalar antes do mata mata. O Figueirense precisa reencontrar seu futebol para voltar ao grupo dos classificados, e o Joinville tenta evitar surpresas. Já no Z-2, Barra e Concórdia jogam suas últimas fichas para escapar da queda. Emoção não vai faltar até o apito final.
Longe do alto nível

Após mais de um ano afastado por lesão, Neymar retornou ao Santos, mas ainda não conseguiu reencontrar seu melhor futebol. Sem ritmo, sem explosão e facilmente desarmado, o craque tem funcionado mais como um astro cercado por fãs do que como um diferencial em campo.
Se quiser voltar ao protagonismo, tanto na Seleção quanto no futebol europeu – seu grande objetivo –, Neymar precisa recuperar intensidade e competitividade. O talento segue intacto, mas só isso não basta para brilhar novamente no mais alto nível.
Santa Catarina surpreende

Estreante na elite do futebol catarinense, o Santa Catarina vem fazendo história. Após a vitória expressiva sobre o Brusque, a equipe de Rio do Sul assumiu a vice-liderança e está praticamente classificada para as quartas de final. Agora, o foco é garantir o G-4 para decidir a primeira fase do mata mata em casa, com o apoio da torcida.
O técnico Ademir Fesan merece elogios pelo trabalho consistente à frente do time. Com um futebol organizado e competitivo, o Santa Catarina já deixou de ser uma surpresa e se tornou uma realidade na briga pelos primeiros lugares.
Chapecoense embala

A goleada por 4 a 2 sobre o Figueirense mostrou que a Chapecoense está forte na briga pelo título do Catarinense. Com um time bem organizado por Gilmar Dal Pozzo e fisicamente preparado pelo professor Jaelson Ortiz, a equipe apresentou qualidade, estrutura e um futebol competitivo, voltando ao campeonato com ambição de chegar à decisão.
O próximo desafio contra o Hercílio Luz será um teste importante para confirmar essa evolução. Se mantiver o desempenho da última rodada, a Chape pode repetir a trajetória vitoriosa de 2020 e consolidar-se como uma das favoritas na reta final da competição.
Cabo de guerra
Na última reunião extraordinária do Conselho Deliberativo do Avaí, o tom foi de exigência e prudência quanto ao futuro financeiro do clube. Os conselheiros, cientes da necessidade de um planejamento mais sólido para 2025, solicitaram à diretoria executiva um novo orçamento detalhado, com um enfoque claro em evitar gastos excessivos sem uma previsão rigorosa.

A medida reflete a crescente preocupação com a saúde financeira do Avaí, diante de um cenário em que as despesas podem ser difíceis de controlar se não houver uma abordagem mais cautelosa. O recado é claro: a diretoria precisa de mais transparência e responsabilidade para evitar surpresas no fim do ano. O pedido por um novo orçamento, em meio a um cenário financeiro tenso, não é apenas uma formalidade, mas sim um indicativo de um cabo de guerra entre as partes, com os conselheiros pedindo mais controle e a diretoria sendo desafiada a ajustar suas expectativas.
A solicitação reflete um momento de incertezas, em que as decisões financeiras podem ter impacto duradouro no futuro do clube. Caso a diretoria siga com seus planos sem considerar as restrições impostas, o Avaí pode enfrentar dificuldades ainda maiores, e a conta pode chegar mais cedo do que se imagina. A situação exige atenção redobrada e uma postura mais responsável de todos os envolvidos.