A base do Partido Progressista de Santa Catarina está descontente com as decisões tomadas pelo secretári0-geram do partido aqui no Estado, Aldo Rosa. Ele também é secretário-geral do PP na executiva nacional e por conta dessa influência, não tem dado explicações das decisões que tem tomado.
Aldo Rosa é uma pessoa muito próxima do senador Esperidião Amin e os deputados estaduais Altair Silva, José Milton Scheffer e Pepê Collaço não tem encontrado voz na executiva sobre os rumos do partido, principalmente sobre as eleições de 2026.
Eles dizem que Aldo tem superpoderes dado por Amin e isso faz com que decida muita coisa sem ouvir os parlamentares. Um dos pontos críticos desse racha é sobre o Fundo Eleitoral que é dado para os candidatos nas eleições.
A bancada já definiu pelo nome do deputado José Milton Scheffer para que ele seja o novo presidente estadual do PP, mas o problema é que Aldo Rosa não dá mostras que vai marcar uma eleição.
Muitos militantes reclamam que o PP catarinense vive uma verdadeira ditadura, onde tudo é definido por um pequeno grupo. Reclamam também que as pessoas ligadas a Amin acham que o partido não precisa fazer um debate interno e que não precisa ouvir a militância, que está descontente.
A eleição estadual no PP deveria ter acontecido já em 2023, mas até o momento o cargo de presidente está sendo ocupado pelo ex-deputado Leodegar Tiskoski, que também faz parte do grupo de Esperidião Amin.
Além do respaldo de Amin, Aldo Rosa também é uma pessoa próxima de Ciro Nogueira, que é o presidente nacional do Progressistas. Com isso, ele tem o poder de encaminhar ou barrar qualquer assunto sem que seja pressionado pela cúpula.
Assim como acontece no MDB, a maioria do partido é contra a aliança feita com Jorginho Mello (PL) e que não quer que o PP decida agora se vai ou não apoiar a reeleição do governador.
Hoje, o PP é o terceiro maior partido de Santa Catarina com 53 prefeitos eleitos em 2024, mas nenhum deles se manifesta publicamente contra as decisões da executiva para não correr o risco de perder as verbas estaduais.
Mas algumas lideranças já comentam que, se o PP apoiar Jorginho Mello em 2026, ele levará apenas parte da executiva estadual e o nome do partido, pois a base irá trabalhar justamente em outra direção.
Dizem também que essa aliança foi feita única e exclusivamente para que Esperidião Amin consiga a sua reeleição, pois o PP deve ficar com uma das vagas ao senado da coligação. A gritaria maior é o tratamento recebido pelo PP comparado com o tratamento dado por Jorginho Mello ao MDB.
O presidente Leodegar Tiskoski nega a crise e já afirmou que estão buscando uma solução de consenso para presidir o Progressista e só a partir daí é que vão convocar uma nova eleição.