A Marinha do Brasil deve seguir nesta terça-feira, 7, com um helicóptero, duas embarcações e uma moto aquática, as buscas pelo indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, correspondente do jornal The Guardian no Brasil, desaparecidos na Amazônia no último domingo, 5. A informação é do G1.
Desde o anúncio do desaparecimento deles a corporação é a responsável por conduzir as atividades de busca na região com o Comando de Operações Navais. O caso é investigado pela Polícia Federal.
Bruno Pereira e Dom Phillips chegaram na sexta-feira no Lago do Jaburu, nas proximidades do rio Ituí, para que o jornalista visitasse o local e fizesse entrevistas com indígenas. Segundo a União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja), os dois deveriam retornar para a cidade de Atalaia do Norte por volta de 9h de domingo, após parada na comunidade São Rafael, para que o indigenista fizesse uma reunião com uma pessoa da comunidade apelidado de Churrasco. No início da tarde, uma primeira equipe de busca da Unijava saiu de Atalaia do Norte em busca dos desaparecidos, mas não os encontrou.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas acompanham o desaparecimento.
Em nota divulgada ontem, o The Guardian confirmou o desaparecimento do jornalista britânico, que está trabalhando em um livro sobre meio ambiente com apoio da Fundação Alicia Patterson. Atualmente, Philips está sediado em Salvador e faz reportagens sobre o Brasil há mais de 15 anos para jornais como Guardian, Washington Post, New York Times e o Financial Times.
“O Guardian está muito preocupado e busca urgentemente informações sobre o paradeiro e a condição de Phillips. Estamos em contato com a embaixada britânica no Brasil e autoridades locais e nacionais para tentar apurar os fatos o mais rápido possível”, informou o The Guardian.