
Mesmo que não seja em frequência própria – já que foi arrendada da rádio Nativa, originalmente de Tijucas – a passagem da CBN Diário para o 91,3 FM é um bom lance de marketing. E mais do que isso, um passo adiante na sobrevivência do produto, já que o AM vai sendo desativado aos poucos.
Nota-se que a equipe está motivada com essa nova janela, mas sentiu muito duas alterações que acompanham um pacote de mexidas na programação: a maior delas, a devolução do horário das 13h do Debate Dário à rede para apresentar o programa do(chatíssimo) Carlos Alberto Sardenberg.
Futebol às 11 horas, em horário essencialmente feminino no rádio, é um tiro no pé. Há expectativa que o ouvinte procure na internet o programa que lhe interessa para ouvir em outro horário. Isso já existe, mas é uma minoria.
Outra mudança, mas desta vez pensada pelo executivo de rádios, vindo da Atlântida de Porto Alegre, Porã Bernardes, foi eliminar o programa de esportes das quatro da tarde. Apresentado por Janiter Decordes e Rodrigo Faraco, o CBN Diário Esportes tinha poucos meses no ar e estava agradando ao público pelo estilo leve.
No lugar, entra um programa apresentado por outro Faraco, o Raphael, com nome em inglês, CBN Hub. E antes dele, o programa também será rebatizado de CBN Connection.
Hábito
Como praticamente não tem concorrência, a CBN vai sobreviver a essa sacudida no pilar de que rádio é hábito, mexendo em produtos e batizando com nomes estrangeiros. Só isso não é modernidade. O conteúdo, persistência, a credibilidade e a manutenção da grade vão compor o pacote de audiência.
Supõe-se que, desta vez, a direção da NSC voltou os olhos para a CBN e avaliou o que está sendo feito e vai cobrar resultados. Deverá observar também, no futuro, que uma rádio vitoriosa não pode ser alterada toda vez que um novo executivo aportar por aqui, sem conhecer o mercado.