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Cine & Séries Entrevista – II

Cine & Séries Entrevista - II

Queridos cineseriéfilos, a coluna está completando QUATRO ANOS neste mês de agosto! Entre a primeira fase – em que a C&S foi temática- e a segunda, com inclusão das “Crônicas em Quarentena”, já ultrapassamos DUZENTAS edições.

Ufa ! Vou fazer uma pausa de algumas semanas para arejar as ideias . Para vocês não ficarem sem leitura nesse período, entrevistei gente que ama cinema sobre  seus filmes, séries e atores favoritos. Um papo cheio de dicas. Bom proveito!

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Vicente Concilio é ator, diretor teatral e professor da UDESC- Universidade do Estado de Santa Catarina.

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Lembra da sua primeira vez?

SIM!! Foi um domingo à tarde: pegar metrô, ir ao centro de São Paulo e ver uma sessão de “A Dama e o Vagabundo!

Tem algum gênero favorito? E algum que não vê de jeito nenhum?

Eu amo um bom drama bem filmado, estruturado. Evito qualquer coisa do gênero “tiro e bomba”, haja paciência pra aguentar atores ruins salvando o mundo na base da pólvora e da porrada.

Se você só pudesse guardar UM filme na memória qual seria ?

Eu sou obcecado por “Gritos e Sussurros”, de Ingmar Bergman, seus fades em vermelho, aquelas atrizes impecáveis e toda a densidade da tragédia que o estrutura.

È daqueles cinéfilos que faz lista dos Dez Mais?

Sou sim. Aliás, eu escrevia às vezes a lista dos 10 melhores do ano no blog “O que os filmes querem ser”, do Malcon Bauer, ator e roteirista catarinense.

Tem algum diretor de quem não perde um filme?

Pedro Almodóvar. Meu favorito dele é “Tudo sobre minha mãe”. E também os do brasileiro Kleber Mendonça!

Como ator, qual papel você adoraria ter feito no cinema?

Eu vou ser bem humilde – amaria ter feito Michael Corleone, na trilogia do “Poderoso Chefão”. Amo o trabalho de Al Pacino, especialmente nos dois primeiros filmes, em que há a virada na personagem e ele passa de jovem idealista a mais um mafioso.

E se fosse escalar um ator para interpretar você nas telas, quem seria?

Teve uma época em que as pessoas diziam que eu era parecido com o Ryan Gosling, mas eu preferiria ser interpretado pela Tilda Swinton.

Atores favoritos?

Daniel Day Lewis, Joaquin Phoenix, Mahershala Ali, Denzel Washington, Tom Hanks, Jesuíta Barbosa, Anthony Hopkins, Omar Sy, Al Pacino, Ewan MacGregor (quantos deixei de fora? MUITOS!)

Atrizes favoritas?

Laura Linney, Fernanda Montenegro, Sandra Oh, Meryl Streep, Nicole Kidman, Liv Ullman, Viola Davis, Tilda Swinton, Isabelle Hupert, Frances McDormand, Glenn Close e Uzo Aduba (quantas deixei de fora? MUITAS!)

E do que/quem não gosta?

Tenho sérios problemas com filmes de ação. Ou são a expressão máxima da idiotia, ou se levam a sério e aí piora tudo. Qualquer “Velozes e Furiosos” da vida é um testemunho da mediocridade da masculinidade tóxica que eu não suporto.

Uma grande decepção…

Apesar de ser uma das maiores bilheterias do cinema nacional e de ser uma produção com muitas qualidades, toda vez que lembro da decepção que tive com o filme “Carandiru”, me bate uma tristeza. Isso tem a ver com expectativa que eu tinha sobre o filme do Babenco, obviamente.

Curte séries? Quais são as dignas de maratonar?

Eu amo séries. Pra mim, “Mad Men” é uma obra-prima. “A Sete Palmos”, “The Crown”, “Os Sopranos”,” Killing Eve”, “Ozark”, “Weeds”, “Damages”, “This is Us” e “Desperate Housewives” são maravilhosas. Tem aquelas que começam bem, mas talvez tenham durado mais que deveriam… eu amo as três primeiras de “Greys Anatomy”, as primeiras de “House of Cards” e acho que “Orange is the New Black” mais acerta que erra. Gosto de algumas temporadas de “American Horror Story” também, principalmente a 2ª e a 3ª.

Uma indicação de filme e/ou série para os leitores da coluna

Pra quem ama um roteiro impecável, que parte de história real, mas a narra fazendo conexões com as discussões do presente, indico “American Crime Story: The People vs. OJ Simpson” (Netflix), e indico também “Feud: Bette and Joan”.

São séries produzidas por Ryan Murphy e que são impecáveis reflexões sobre sexismo, racismo e o papel da mídia em nossa percepção da realidade.

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THE END

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

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