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Como evitar o uso do ChatGPT no cenário dos Cibercrimes – Por Afonso Morais

Foto: Reprodução/Pixabay

Por Afonso Morais*

A inteligência artificial é uma realidade e já assusta muitas pessoas, contudo, não é necessário pânico, pois não temos problemas de dominação de máquinas. O problema ainda são as pessoas que já utilizam dessa inteligência para golpes.

Exemplo é o ChatGPT, ele é impressionante em suas funções, contudo o mesmo ainda não possui a capacidade de realizar ações maliciosas por conta própria, ele apenas gera respostas a perguntas com base no que recebe.

E é nesse ponto que está o grande risco, pois, já ocorrem casos de pessoas mal-intencionadas, os cibercriminosos, que buscam usar o ChatGPT para gerar conteúdo falso ou enganoso, como notícias falsas, phishing, scams ou spam. Com isso eles eliminam uma característica de muitas tentativas de golpes, que são textos que não são bem escritos e que possuem erros gramaticais.

Por mais que possa ter esse uso, cuidado para não culpar quem não é o responsável, o ChatGPT e outros chats, são apenas modelos de linguagem e ferramentas de conhecimento, pesquisa, não pensam sozinhos.

Um ponto importante é que sejam adotadas medidas adequadas de segurança cibernética e implementadas para impedir o uso indevido de todas as ferramentas que possam ajudar os cibercriminosos.

Isso reforça em muito a necessidade de regulamentação de redes sociais e de implementações de uma estrutura investigativa contra essa nova tendência criminosa. O uso malicioso de tais ferramentas é uma questão de responsabilidade humana, assim o combate se deve dar por meio da justiça.

É fundamental que as autoridades e organizações que lidam com a segurança cibernética estejam desenvolvendo constantemente novas formas, técnicas e tecnologias para o combate desses criminosos, aumentando a segurança online.

Ou seja, é claro que ferramentas acessíveis como o ChatGPT estão abertas para uso malicioso, e o combate é um desafio que precisa estar constantemente em evolução. É importante que se tenha também no desenvolvimento da ferramenta esses cuidados.

A empresa que desenvolveu o ChatGPT, aOpenAI, se diz comprometida com a ética e a responsabilidade no uso inteligência artificial. Tanto é que a ferramenta é projetada para fornecer informações e responder a perguntas de forma útil e respeitosa.

Mas por mais que se tenha a construção com medidas de segurança para evitar o uso malicioso, o risco sempre existe, e é importante que todos os usuários sejam responsáveis e conscientes ao usar a tecnologia de maneira apropriada.

Também é fundamental por parte dos usuários a atenção e a prevenção cada vez maior em relação ao uso de ferramentas tecnológicas. Isso é o grande caminho para fugir de golpes, e o conhecimento e a divulgação dos golpes do mercado é cada vez mais imprescindível.

Outro ponto é que nosso processo educacional também precisa se adequar a esse novo momento.

É papel da sociedade trabalhar juntos para combater o cibercrime, promover a segurança e proteger nossos sistemas e dados digitais. Se o ChatGPT for usado para cometer crimes cibernéticos, isso não será uma consequência inevitável de sua tecnologia ou habilidades, mas sim uma escolha consciente e criminosa de indivíduos que escolheram usar o sistema de maneira ilegal.

*Afonso Morais é especialista em combate a fraudes e em recuperação de crédito empresarial

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