Bastou o colega Leo Coelho, da NSC, divulgar que o jornalista Mário Motta, apresentador do Jornal do Almoço e da Rádio CBN/Diário, deve decidir, durante as férias, se concorre pelo PSD, para confirmar a máxima de que partidos, ávidos por candidatos a deputado, principalmente a federal, estão interessados em comunicadores para angariar preciosos votos.
Motta, que é educador físico, professor e servidor do Estado, e uma figura que encanta telespectadores, internautas e ouvintes há décadas, é aguardado, não por acaso, no partido de Raimundo Colombo, ex-governador, senador, deputado e prefeito de Lages, justamente onde o comunicador paulista começou a sua trajetória em terras catarinenses, na Rádio Clube e na TV Planalto, em 1980.
A NSC confirma que Mário, que evita atender o telefone nas últimas horas, está balançado pela ideia, mas não falará por ele, enquanto colegas de vídeo, como o jornalista Fabian Londero, já postaram despedidas do simpático companheiro.
A aventura do apresentador de TV mais longevo de Santa Catarina não é solitária, já que outros fizeram o mesmo percurso e ainda estão na vida pública, entre eles o recente sucesso de Hélio Costa (ainda no Republicanos), o mais votado à Câmara, e os deputados estaduais Kennedy Nunes (PTB) e Fabiano da Luz (PT), só para citar alguns que mudaram de lado do balcão eletrônico.
Outro que fez sucesso foi Cesar Souza, que foi vereador em Florianópolis, cinco vezes deputado estadual e duas vezes federal, filiado ao PDS, PFL e PSD.
Campeão
De longe, o mais bem sucedido comunicador a alçar longos voos na política é o prefeito João Rodrigues, também do PSD que cobiça Mário, no terceiro mandato na maior prefeitura do Oeste, e que já foi deputado estadual, deputado federal e duas vezes prefeito de Pinhalzinho, onde igualmente foi vice.
Próximo de comemorar aniversário nesta sexta (18), o prefeito, que passou por emissoras de rádio – é proprietário de três inclusive – e emissoras de TV, onde encarnava o “João Verdade”, volta à cena e especula-se transformar uma festa comemorativa em pré-lançamento da candidatura ao governo.
Não será uma trajetória fácil, pois isso significará, na prática, renunciar ao atual cargo sem a garantia de ser o escolhido em convenção pelo partido por ter que bater de frente com Colombo.
*FOTO: REPRODUÇÃO/DIOGENES PANDINI/NSC