Durante toda a manhã de terça-feira, 28, aconteceu mais uma reunião da Comissão de Ética da Câmara de Vereadores de Florianópolis que está apurando o caso do desentendimento do vereador Maycon Costa (PL), que curiosamente também é membro deste mesmo conselho, e do suplente Sargento Mattos (PL).
No dia 25 de setembro deste ano o então vereador Sargento Mattos protocolou um pedido de cassação contra o titular da cadeira com o argumento de ter seu trabalho boicotado por Maikon que, segundo ele, teria dado ordens para os funcionários do gabinete para que não atendessem os pedidos do suplente.
Mattos disse que os problemas começaram quando ele se reuniu com a vereadora Maryanne Mattos (PL), líder do PL na Câmara, que é um desafeto de Maikon dentro do legislativo da Capital.
O problema de Maikon é que Maryanne é membro do Conselho de Ética e já nessa primeira reunião, em que foram ouvidas várias testemunhas, ficou clara a vontade de ver o vereador Maycon Costa fora da Câmara.
Durante as falas das testemunhas, os vereadores Diácono Ricardo (PSD), que é o presidente, e Gabrielzinho (Podemos) estavam na mesma toada de Maryanne Mattos, tentando tirar de todo jeito algo que comprovasse a acusação de Sargento Mattos.
Maycon Costa é o seu próprio defensor, mas o regimento interno praticamente lhe impedia de argumentar nessa reunião. Tentou buscar algo que o favorecesse, mas a comissão de ética praticamente já tem uma linha de pensamento sobre esse caso.
Obviamente que a contrariedade dos vereadores do Conselho de Ética contra Maycon Costa foi plantada por ele mesmo durante os meses em que conviveram na Câmara de Vereadores e agora todos terão que aceitar a atual regra do jogo que, neste momento, favorece os desafetos de Maycon Costa e coloca na parede o mandato do vereador do PL.
Costa não terá muita chance no atual Conselho de Ética da Câmara de Florianópolis e terá que trabalhar para que os vereadores do plenário não levem em consideração o futuro parecer da relatora Maryanne Mattos, que vai saber usar a legalidade desse processo para “fazer justiça”.
Na próxima sessão do Conselho de Ética estarão frente a frente o acusador e o acusado, onde Mattos e Maycon vão poder dar a sua versão de todo esse imbróglio que deve ter seu desfecho antes do recesso parlamentar.
