As próximas eleições não definem apenas os candidatos a Deputados, Governador, Senador ou Presidente da República, mas os rumos que a economia vai tomar nos próximos quatro ano, por isso, combater as informações falsas é um dever de todo cidadão e uma obrigação dos meios de comunicação.
A credibilidade se constrói com ações concretas e com o propósito de longo prazo, mas para o setor de comunicação também pela importante missão de levar a população informação sobre acontecimentos e fatos que correspondam à realidade e, neste período que antecede as eleições, deve ter atenção redobrada e combater as notícias falsas (fakenews). Se for para apostar em um que seja aquele que entende de economia e das necessidades de toda a população, vista em suas diferenças e também na composição das minorias.
Urna eletrônica. Mais uma vez o Presidente Jair Bolsonaro coloca em dúvida as eleições no Brasil e a própria democracia. O Presidente convocou os diplomatas brasileiros para uma reunião e falou sobre as desconfianças sobre as urnas eletrônica, mas ao que parece esqueceu que foi eleito pelo sistema que hoje critica. A urna eletrônica tem tecnologia catarinense e foi desenvolvida num processo de parceria entre a Procomp Indústria Eletroletrônica – atual Diebold, líder em automação bancária no Brasil e Fundação Fundação CERTI da Universidade Federal de Santa Catarina entre os anos de 1996 e 1997 para atender os editais do Tribunal Superior Eleitoral – TSE, visando a informatização das eleições em capitais e cidades brasileiras. A lisura das urnas e do sistema eleitoral foi questionada algumas vezes, inclusive durante as eleições de Dilma Roussef em 2014 e nas eleições de Jair Bolsonaro em 2018, mas nenhuma irregularidade foi encontrada. A Justiça Eleitoral (TSEJus) esclareceu que os votos no Brasil são auditáveis e que os testes de segurança realizados mostram que não é possível violar o sigilo dos votos ou mudar os rumos da votação. Quem dúvida das urnas eletrônicas está mal intencionado, mal informado ou não entende tecnicamente como o sistema funciona. O problema não está a urna eletrônica, mas o voto que você deposita nela e elege pessoas incompetentes para a função.
Dúvida registrada, auditoria feita. Geralmente quem diz que a urna eletrônica não é auditável não tem provas de que isso seja verdade. Foi assim em 2014 quando o PSDB levantou o assunto, solicitou que fosse realizada auditoria externa e o TSE aprovou e cedeu dados arquivos, parte dos programas usados e nenhuma irregularidade foi encontrada. O relatório da auditoria está inclusive disponível para consulta. Foi registrado no documento que “a votação eletrônica trouxe agilidade ao processo eleitoral e apresentou-se como caminho para evitar inúmeras fraudes, como, por exemplo, o “mapismo”, e abriu as portas para outros tipos de fraudes, mais sofisticadas e de difícil constatação. Ressalte-se que, independentemente de qualquer manipulação de dados, o sistema eletrônico de votação, por suas próprias características técnicas, é obscurantista, pois aos leigos é impossível compreender como se dá o processo eletrônico de votação, o que enseja inúmeras especulações”. Sim, os leigos teimam em repetir as informações falsas por não compreenderem como funciona o sistema, mas ser leigo não deveria ser o caso do Presidente Jair Bolsonaro com uma carreira política de mais de 30 anos.