A torcida do Avaí está decepcionada com o desempenho da equipe na Série B após duas derrotas consecutivas, a terceira nos quatro últimos jogos e fica com o sentimento de Déjà Vu. Parece um filme repetido a queda da equipe, que não consegue encontrar seu rumo.
Pior do que perder para o Goiás por 2 x 1 foi o desempenho fraco, desprovido de futebol coletivo e erros do técnico Enderson Moreira. Na escalação, nas mudanças do intervalo e na bola rolando. Ninguém entendeu a saída de Marcos Vinícius e acho que nem ele mesmo.
A equipe está na oitava colocação, distante cinco pontos do G-4 e vivendo um clima de grande ansiedade.
Love no banco?
Amanhã (terça-feira, 19), o Leão da Ilha recebe o Ituano na Ressacada, pressionado pelos maus resultados. Será o reencontro de Vagner Love com os torcedores após a DR que teve com eles. Pode pintar um banco? O clima ficou tenso após a derrota em casa para o Sport por 2 x 0 semana passada.
O Ituano é a melhor equipe do returno, segue sua caminhada para escapar do rebaixamento. Tem no comando o ex-técnico azurra Alberto Valentim, o fã da dupla Chitãozinho & Xororó. Vem motivado pela goleada de 4 x 1 sobre a Ponte Preta, em Campinas, no fim de semana.
Ansiedade
A diretoria do Avaí fez um grande investimento para conseguir o acesso com a contratação de Enderson Moreira. Interrompeu o trabalho de Dal Pozzo e investiu num técnico de qualidade, respeitado no futebol brasileiro, especialmente na Série B, onde conquistou três títulos em três oportunidades por equipes diferentes: Goiás em 2012, América (MG) em 2017 e com o Botafogo em 2021.
Os maus resultados aumentam o clima de ansiedade. Dá um baixo astral, uma perda de confiança e tudo atrapalha. Há uma preocupação no ar pelo planejamento não estar saindo como desejado. Os nervos seguem à flor da pele como foi no último jogo contra o Sport.
Jejum de Garcez
O desempenho da equipe que era bom fora de casa, mas passa agora por grande oscilação. Nos quatro últimos jogos tomou seis gols. O ataque não está funcionando, tanto que o último gol foi do zagueiro Tiago Pagnussat.
Maurício Garcez, artilheiro no Estadual, passa por um jejum de 19 partidas como titular. Um turno inteiro sem marcar. O último gol foi contra o Goiás na Ressacada. Será que Enderson vai mantê-lo como titular, mesmo não atuando bem. Os gols não saem por falta de tranquilidade ou de capacidade técnica para colocar a bola pra dentro.
Faltou convicção
O principal dirigente a ser cobrado no Avaí é o executivo de futebol Eduardo Freeland, que está no clube há pouco mais de um ano. Ele contrata e dispensa. Foi assim com Cassiano, que veio de Portugal. Pagou caro, é verdade. Mas pouco tempo ficou aqui. Voltou para a Europa, e Freeland disse que recuperou o valor investido em até três vezes.
Afastou do elenco os atacantes Willian Pottker e Ademilson. Falta de comprometimento e fase ruim, ninguém soube ao certo. Vem agora a surpresa com a reintegração de ambos. Faltou convicção na decisão ou foi necessidade mesmo?
Que papelão?
Que papelão fez o Figueirense no sábado pela segunda rodada da Copa Santa Catarina. Foi goleado pelo Concórdia por 3 x 0, placar construído nos 20 minutos iniciais. Vimos em campo uma equipe desconcentrada, desmotivada e sem entrega para conseguir algo melhor. Alguns atletas apresentaram desempenhos sofríveis. Deu a impressão de que os jogadores estavam cumprindo tabela e já pensando nas férias.
Dedo na ferida
A entrevista do técnico interino Rodrigo Carpegiani foi em tom de desabafo, apoiado pelo executivo de futebol Marco Aurélio Cunha e Enrico Ambrogini, que estavam com ele no vestiário. Disse que faltou dignidade, vontade e isso não pode mais acontecer em respeito a uma equipe centenária como o Figueirense. E foi isso mesmo que vimos em Concórdia. No segundo tempo, Carpegiani colocou jovens valores buscando mais entrega. Se o Concórdia não tira o pé do acelerador, a goleada tinha sido maior.
Semana tensa
Será uma semana tensa no Scarpelli, muitas avaliações e decisões. Quem não quiser continuar, que procure a direção para acertar saída, disse Carpegiani. A partir de agora, vai jogar quem estiver a fim de competir, entregar vontade e buscar resultados. A competição tem oito equipes e classificam quatro. Dá tempo de buscar, mas desse jeito o Figueira antecipará as férias de todos. Que venha logo a Recuperação Judicial, e com ela as decisões futuras que precisam ser tomadas.
Em recuperação
Chapecoense e Brusque venceram na rodada do fim de semana, mas seguem na zona de rebaixamento da Série B. A Chapecoense ganhou do Ceará por 2 x 1 e pode deixar o Z-4 na próxima rodada.
O Brusque, ainda sem poder jogar em seu estádio, ganhou do Vila Nova por 3 x 1, equipe dirigida pelo ex-técnico Luizinho Lopes. Jogou bem e com disposição na estreia do técnico Marcelo Cabo. A recuperação segue aberta, mas tem que ser passo a passo. Que venha o Novorizontino amanhã (17).
Atropelado
O Criciúma tomou 5 x 0 do Palmeiras na Arena em São Paulo, numa apresentação muito ruim. Especialmente de seu setor defensivo. O Palmeiras, que mira novamente o título, sabe jogar em seu gramado sintético. Matou o jogo em 20 minutos. O Criciúma tem 28 pontos e precisa reagir para atingir a meta de permanência. Não pode bobear, é pegar ou largar.
Déjà Vu
Liderança do Botafogo na Série A depois da vitória por 2 x 1 sobre o Corinthians no sábado. A equipe está mais estabilizada e tem tudo para buscar o título, mas não pode dar a bobeira que deu ano passado, quando estava com o título na mão. O famoso Déjà Vu atormenta o alvinegro. Enquanto isso, o domingo foi do clássico dos milhões com o empate entre Flamengo 1 x 1 Vasco da Gama. Um jogão para mais de 63 mil de público.
