As denúncias de cotações sem licitação e suspeitas de contratos do Centro de Informática e Automação de Santa Catarina (Ciasc) acabaram provocando uma provocaram uma movimentação de deputados estaduais do Novo, PT e Psol dentro da Assembleia Legislativa para tentar abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).
Para instalar a CPI, a bancada de oposição vai precisar que, pelo menos, 14 deputados estaduais assinem o pedido para que ela seja aberta. Como o Novo tem 1 deputado e o PT e Psol somam mais 5, eles precisariam que mais 8 deputados aderissem à ideia.
O grande problema é que partidos que estão na base do Governo do Estado, como PL, PP, MDB e Republicanos, somam juntos 22 parlamentares. Com isso, sobram os deputados do PSD, União Brasil, Podemos, PSDB e PDT.
Mas toda essa movimentação não só visa a abertura de uma CPI na Alesc, mas traz a reboque a eleição para a escolhe do próximo presidente da Casa, que acontece no início dos trabalhos de 2025.
O atual presidente, deputado estadual Mauro de Nadal (MDB), firmou em 2023 um acordo com o deputado estadual Júlio Garcia (PSD), que foi quem articulou para que o emedebista vencesse o candidato do governo, o deputado Zé Milton Scheffer (PP), naquela ocasião.
Mas agora, com o acordo selado entre o MDB e o governador Jorginho Mello (PL), tudo pode mudar e o próprio Júlio Garcia surge como o principal nome para comandar a Alesc a partir do ano que vem. Para que Nadal continue como presidente, o regimento interno precisa ser alterado, mas não teria voto suficiente para tal.
Então, toda essa movimentação dentro da Assembleia já tem o trabalho de ocupação de espaços para a disputa em 2026, onde o governador busca a reeleição e o PSD pretende lançar o prefeito João Rodrigues como candidato a governador.