Na última década um cenário alarmante de desastres naturais assolou o país, resultando em prejuízos financeiros , perda de vidas e danos significativos à infraestrutura, destacando a urgência de ações coordenadas e investimentos contínuos para mitigar os impactos desses eventos devastadores.
O Brasil teve um prejuízo de R$ 639,4 bilhões devido a desastres naturais entre 2013 a 2023. Essa informação foi revelada por uma pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CMN). Durante esse período, os desastres afetaram 5.233 cidades e 418,3 milhões de pessoas, resultando em 2.667 óbitos. É importante notar que essa análise considera que uma mesma pessoa pode ser afetada por desastres mais de uma vez ao longo dos anos. Do total dos prejuízos, quase R$ 191 bilhões foram provocados pelas chuvas, enquanto a seca e a estiagem foram responsáveis por danos de R$ 347,4 bilhões. Observando que nestes levantamentos não constam os dados de 2024 e os prejuízos da catástrofe devastadora que atingiu o Rio Grande do Sul.
Além das perdas humanas e dos danos à infraestrutura, os desastres também geraram impactos socioeconômicos consideráveis, como:
- Prejuízos financeiros: estima-se que os desastres naturais causaram um prejuízo de R$ 400 bilhões à economia brasileira durante o período analisado.
- Perda de renda: a destruição de lavouras e a interrupção de atividades econômicas afetaram a renda de milhões de pessoas, especialmente nas áreas rurais.
- Aumento da pobreza. os desastres podem aprofundar a situação de pobreza e vulnerabilidade social, especialmente para comunidades já em situação precária.
A pesquisa destaque que 94% dos Municípios já foram afetados pelo menos uma vez por algum tipo de
desastre. A pesquisa também destacou os setores mais afetados pelos desastres no período foram:
- Agricultura: prejuízos de R$ 271 bilhões
- Pecuária: prejuízos de R$ 86,6 bilhões
- Instalações públicas de saúde: prejuízos de R$ 85,8 bilhões
- Abastecimento de água potável: prejuízos de R$ 45,3 bilhões
- Obras de infraestrutura: prejuízos de R$ 38,9 bilhões
- Habitação: prejuízos de R$ 36,2 bilhões
Apenas 22,6% dos gestores locais consideram seus municípios preparados para enfrentar o aumento desses eventos. A falta de recursos financeiros e capacitação técnica são os principais obstáculos apontados. Esses dados ressaltam a urgência de ações integradas entre os entes federados para prevenção e gestão de riscos e desastres. É essencial haver investimentos contínuos e estratégias eficazes para minimizar os impactos desses eventos em nossas comunidades.
Desafios Climáticos. O “Levantamento sobre Planos Climáticos nas Capitais Brasileiras: Desafios e Responsabilidades”, revela que apenas 11 das 27 capitais brasileiras, incluindo o Distrito Federal, possuem planos contra mudanças climáticas concluídos foi realizado pela Rede Brasileira de Cidades Sustentáveis (RBCS), em parceria com o ICLEI – Governos Locais para Sustentabilidade. A pesquisa, divulgada em maio de 2024, aponta para um cenário preocupante, com a maioria das capitais brasileiras ainda sem um plano concreto para enfrentar os desafios das mudanças climáticas.
Algumas capitais, incluindo Belém, Florianópolis, Macapá, Manaus, Natal, Porto Alegre e Vitória, estão atualmente elaborando seus planos para enfrentar as mudanças climáticas, enquanto outras ainda não finalizaram seus documentos. É importante ressaltar que mesmo as capitais que possuem planos podem encontrar desafios na implementação e fiscalização de suas estratégias climáticas.

Nesse contexto, os planos diretores desempenham um papel crucial ao estabelecerem diretrizes locais para o uso do solo. No entanto, em Florianópolis, por exemplo, onde o Plano Diretor foi aprovado em 2023, surgem debates acerca da “flexibilização das leis ambientais” e do não cumprimento da Constituição Federal. Essas questões levantam preocupações sobre a segurança da população e a sustentabilidade econômica do município a médio prazo. O ocorrido assemelha-se ao processo de flexibilização das leis ambientais no Rio Grande do Sul entre 2018 e 2019.
A falta de planos climáticos nas capitais brasileiras reflete claramente a negligência política e uma série de desafios enfrentados, incluindo a falta de coordenação entre diferentes áreas governamentais e setores da sociedade, além da escassez de conhecimento técnico sobre as mudanças climáticas em nível municipal. É crucial que as capitais do Brasil intensifiquem seus esforços para enfrentar os desafios climáticos e proteger suas populações e infraestruturas vulneráveis. No entanto, essa mudança só ocorrerá mediante pressão da sociedade e quando os gestores públicos reconhecerem que investir em medidas preventivas é mais econômico do que lidar com os custos de reconstrução, além de salvar vidas e evitar prejuízos econômicos a longo prazo.

Declaração do prefeito de Barra do Sul gera repúdio. A declaração do prefeito de Barra do Sul (SC), Valdemar Rocha, sobre as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul é profundamente preocupante e irresponsável. Ao sugerir que a tragédia decorre da falta de igrejas, sem apresentar dados concretos e embasamento científico, o prefeito não apenas desvia o foco das reais causas das enchentes, mas também perpetua estereótipos e preconceitos religiosos. A tentativa de atribuir desastres naturais a questões religiosas é um equívoco perigoso que não contribui para a resolução dos problemas enfrentados pela população afetada. Em vez de promover a solidariedade e buscar soluções eficazes, declarações como essa apenas geram divisões e desinformação. É fundamental que os líderes políticos ajam com responsabilidade e sensibilidade diante de situações de crise, buscando soluções baseadas em evidências e no bem-estar da comunidade.

Corrida Solidária. No dia 1º de junho, às 8h, a Avenida dos Merlins, em Jurerê Internacional, será o ponto de partida para a “Corrida Solidária pelo RS – Jurerê Beach Run”, um evento que vai além da competição esportiva, unindo esporte e solidariedade em prol das vítimas das recentes chuvas no Rio Grande do Sul. Apoiada pela AVANTE Jurerê, conhecida por seu compromisso social, a corrida busca mobilizar moradores e visitantes da região para contribuir com a causa. Com três categorias diferentes – caminhada de 3km, corrida de 5km e corrida virtual – o evento oferece oportunidades para pessoas de todos os níveis de preparo físico participarem e fazerem a diferença. Rodrigo Marques, presidente interino da AVANTE Jurerê, destaca a importância da iniciativa como uma forma de demonstrar solidariedade aos gaúchos que enfrentam dificuldades. As inscrições podem ser feitas online, e toda a renda arrecadada será revertida para auxiliar as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.

Manguezais em perigo. A situação dos manguezais em todo o mundo é alarmante, com metade desses ecossistemas em risco iminente de colapso, conforme revelado por um estudo da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Essa ameaça é multifacetada, resultado de fatores como mudanças climáticas, desmatamento, poluição e aumento do nível do mar. Esses ecossistemas desempenham papéis cruciais na biodiversidade e no bem-estar humano, atuando como berçários marinhos, protegendo as costas e armazenando carbono. As regiões mais ameaçadas estão espalhadas pelo globo, e a preservação desses habitats é essencial para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e proteger a biodiversidade. É imperativo um esforço global coordenado para evitar o colapso desses ecossistemas vitais.
Os manguezais de Santa Catarina, com sua rica biodiversidade e beleza natural, são um dos ecossistemas mais importantes do estado. No entanto, esses ambientes frágeis estão sob sérias ameaças, como o desmatamento, a poluição e as mudanças climáticas. Segundo informações da Prefeitura de Florianópolis, a cidade abriga cinco manguezais distintos: o Manguezal do Itacorubi, que está situado no Parque Municipal do Itacorubi, o Manguezal de Ratones e do Saco Grande, parte integrante da Estação Ecológica dos Carijós; e o Manguezal do Rio Tavares e da Tapera, que fazem parte da Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé. O Manguezal do Itacorubi, o segundo maior manguezal urbano do Brasil, ilustra os desafios enfrentados por esses ecossistemas. Embora tenha grande relevância tanto em termos ecológicos quanto paisagísticos, o Manguezal do Itacorubi está sob crescente pressão devido ao desenvolvimento urbano desenfreado e à falta de medidas adequadas de proteção.

Parceria Estratégia. A UniSul, parte do ecossistema Ânima, firma uma parceria estratégica com a Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) para o desenvolvimento de soluções inovadoras em tecnologia. Através do Programa U-Connect, a universidade pretende promover a interação entre estudantes e professores, compartilhando expertises com o ecossistema tecnológico de Santa Catarina. O acordo, assinado nesta terça-feira (28/5), na ACATE Primavera, visa impulsionar a capacidade inovadora dos alunos e docentes da UniSul, oferecendo soluções para empresas locais. Além disso, será estabelecido um convênio de ensino dual entre ACATE e Ânima, ampliando as oportunidades de aprendizado prático para os estudantes. O programa permitirá que ideias inovadoras sejam moldadas e posteriormente apresentadas à ACATE, com possibilidade de parcerias e mentorias para os participantes. Essa iniciativa reflete o compromisso da UniSul em promover a inovação e contribuir para o desenvolvimento econômico e tecnológico da região.

Expansão Imobiliária. O Grupo Lumis anuncia sua expansão de mercado com a mira em cidades no norte e sul de Santa Catarina. Brusque, Porto Belo, Rio Negrinho, Florianópolis e Balneário Rincão estão entre os lançamentos previstos para 2024. Com uma meta ambiciosa de alcançar um Valor Geral de Vendas (VGV) superior a 256,5 milhões, o Grupo estabelece sua presença em 12 cidades do estado, consolidando sua posição como uma das principais empresas do segmento imobiliário na região. Com empreendimentos que variam de condomínios fechados a loteamentos, o Grupo Lumis visa não apenas expandir seu alcance geográfico, mas também promover um crescimento econômico robusto em todas as comunidades onde atua. Com uma visão de longo prazo, o Grupo planeja desenvolver mais de 4,6 milhões de metros quadrados nos próximos 10 anos, representando um aumento de 70% em relação ao seu portfólio atual, além de mais de 9.600 unidades através da Costa Sul Urbanismo, um crescimento de mais de 93% comparado aos seus loteamentos anteriores. Essa expansão não só fortalece a presença do Grupo Lumis no mercado imobiliário catarinense, mas também reafirma seu compromisso de oferecer projetos de alta qualidade e contribuir significativamente para o desenvolvimento econômico e social das regiões onde opera.