1 – Os clubes brasileiros
Encontraram uma lei que transformou o departamento de futebol em Sociedades Anônimas do Futebol, SAF – depois de hipotecarem todos os clubes de futebol. Os investidores estrangeiros começam a assumir a administração dos clubes adquirindo 90% das ações, deixando aos “clubes, com suas diretorias elegíveis por sócios”, com 10%. Enquanto que os torcedores se acham donos.
Mas onde estão aqueles investidores brasileiros, anunciados pelos dirigentes, ou os empresários que lucraram com o futebol no Brasil? Por que não investem agora? Podem ser acionistas, comprar ações dos clubes, mas é que agora todos os investidores estão sujeitos as leis das S/A, que obedecem as regras que não existiam. Cadê os investidores? O futebol dá lucro.
2 – Futebol na TV entre Brasil x Inglaterra
Da audiência que os clubes têm neste brasileiro da Série A, como a do Avaí com apenas seis jogos transmitidos, recebendo R$ 8,4 milhões, nem se compara com o que receberá o último colocado da Premier, na Inglaterra, que disputa um campeonato com os mesmos 38 jogos. O Norwich teve 12 jogos transmitidos pelos canais de televisão e recebeu – £ 100,6 milhões, que pela taxa de hoje (R$ 5,81), recebeu em reais 581milhões. Considerando os custos, diria que se trata de uma diferença absurda entre eles e nossos clubes. O futebol dá lucro.
3 – Falando em seleção que não dá prejuízo…
A brasileira enfrenta amanhã, sexta-feira, dia 23, em Le Havre, na França, às 14h30, a seleção de Gana; e na terça a da Tunísia, no Parque dos Príncipes, em Paris. O treinador Tite vai exagerar, atacando a seleção de Gana com Neymar, Vinicius Jr., Richarlison, Paquetá e Raphinha, o que não faria contra as seleções da França, Inglaterra, Bélgica e Espanha no mundial do Catar.
Gana estará no Mundial do Catar e estreia dia 24/11, às 13h, contra Portugal, e ambas as seleções disputarão duas vagas contra as seleções da Coréia do Sul e Uruguai, no Grupo H.
4 – De volta a Série A
Na noite deste 21/9, o Cruzeiro, jogando no Mineirão, venceu o Vasco por 3 a 0 e garantiu a volta à Série A. Administrado pelo ex-jogador Ronaldo, o Cruzeiro além de voltar à Série A em 2023, vem negociando a dívida que inviabilizava a administração do futebol do clube mineiro.
Com 68 pontos ganhos e, faltando sete jogos (21 pontos), os jogadores querem terminar o campeonato sem serem derrotados. Edu, na foto, é o artilheiro do time e no ano passado foi o artilheiro do Brusque na Série B, como agora foi do Cruzeiro. Ninguém o “viu” em SC.
5 – São Paulo x Avaí
Mesmo com “datas FIFA” o campeonato brasileiro não para, porque os jogadores que atuam nos clube de futebol no Brasil não são convocados, assim o São Paulo enfrenta o Avaí, neste domingo, às 20h, no Morumbi.
O “time da raça” precisa de três vitórias e três empates, mais ou menos 11/12 pontos, para permanecer na Série A de 2023.
6 – Enquanto na Série C de SC
O Figueirense joga sábado, às 17h, no Estádio Orlando Scarpelli, contra o ABC, na sua última chance de voltar a disputar a Série B de 2023. Vencendo o já promovido ABC, o time do Estreito torcerá para que o Paysandu, eliminado, vença o Vitória da Bahia, caso contrário o Figueirense permanecerá mais um ano na Série C.
7 – Estadual da Série B
O Criciúma derrotou o Atlético SC, em Criciúma, ontem à noite, dia 21/9, por 1 a 0, e conquistou o título estadual da categoria. Mais de 11 mil pessoas assistiram ao jogo no Estádio Heriberto Hülse. O time de “Sanzé”, o Atlético chegou à final, sem torcida e sem história.
No ano de 2023 as duas equipes disputarão o Campeonato Catarinense da Série A, que começa no dia 15/01/2023. A CBF divulgou o calendário do futebol assim: a Copa do Brasil começa no dia 22/02; os brasileiros iniciam em 15/04 e a Série A termina no dia 3/12; a Série B no dia 25/11; a Série C inicia no dia 22/4 e termina no dia 12/11, a Série D no dia 30/4 e o final será em 29/10.
Os dirigentes amadores, que não sabem como se pagam as contas, deram bastante meses de folga aos jogadores profissionais, determinando que não ocorrerão, no próximo ano, jogos de futebol no durante as datas FIFA e o futebol no Brasil para, como se um grande número de jogadores, que atuam nos clubes brasileiros, fossem convocados.
8 – Indiscutíveis
E você, discutiria a seleção brasileira de futebol do Mundial de 70; do “escrete” húngaro de Puskas dos anos 50; do time do Barcelona da era Guardiola; do Santos de Doval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe; do Flamengo de Zico, Lico e Cláudio Coutinho ou do time do Palmeiras, apelidado de Academia? Você tem algum para incluir na lista?
9 – Uso político
Quando você entra no estádio do seu clube, alguém lhe pergunta se és rico ou pobre; motorista ou juiz de direito; patrão ou empregado; que partido tu militas? Não! Um estádio de futebol não divide seus sócios e torcedores por política, profissão ou dinheiro no bolso. Ali todos são iguais, gostam e torcem pela mesma cor.
Não é que uma minoria usou os símbolos do Avaí em um gesto político?! O presidente anterior, o Totti usou também os símbolos do clube para puxar o saco do atual presidente quando da aprovação da lei da SAF.
Uso indevido do nome do clube divide os torcedores, que independentes de partidos políticos e religião se emocionam juntos. Agora querem dividir a todos. Oportunistas.
10 – Nos velhos tempos
Era bem melhor, quando os clubes surgiram à sombra das famílias ligadas à religião como na Escócia: Celtic católicos e Ranger protestante; ou na época que vivi, em que o público no estádio não era só dividido pelos clubes, mas também porque representavam os partidos políticos da época: como UDN e PSD.
Não há mais espaço democrático nos estádio de futebol, desde que as organizadas estabelecem limites, e não permitem que outros sentassem, como sentavam juntos patrões, empregados, negros, brancos, ricos e pobres. Os oportunistas querem separar.
11 – Vida de jogador
Os torcedores não respeitam os jogadores, pensam que eles têm uma vida fácil, igual a deles. Jogador de futebol deve ser respeitados e tem os mesmos direitos de andar pelas ruas sem serem insultados e sem poderem reagir, porque se reagirem a repercussão será muito maior.
Quando perdem um jogo ou, erram um pênalti, não podem ir a um restaurante com a família, que sempre aparece um “dono da verdade”. Higuaín, jogador argentino, desabafou dizendo que nos últimos 15 anos teve que andar na rua de cabeça baixa para pessoas que não mereciam, que sempre era assediado por onde andava. No momento jogando em um clube nos USA na Florida, se diz feliz, porque a cultura é diferente daquela por onde ele andou: Argentina, Espanha e Itália.
FIM.