O prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (PP), está preso desde o dia 14 de fevereiro deste ano no Presídio Santa Augusta, em Criciúma, por causa da Operação Mensageiro.
Essa operação investiga possíveis irregularidades na contratação da empresa Serrana para os serviços de recolhimento e armazenamento do lixo de várias cidades de Santa Catarina.
Mas a Secretaria de Estado da Administração Prisional de Santa Catarina também investiga suposto tratamento privilegiado ao prefeito afastado naquele presídio com a anuência do diretor Rodrigo Ferreira.
Com isso, Rodrigo acabou afastado temporariamente do cargo e o superintendente da Regional Sul da SAP, Hélio Damian Filho, vai acumular a função até o fim das averiguações.
A informação foi confirmada pelo secretário de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa, Edenilson Schelbauer, na entrevista que deu para a rádio Cidade em Dia (Criciúma).
Segundo Edenilson, ele foi surpreendido com essa notícia e ligou para a desembargadora Cínthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaeffer, relatora da Operação Mensageiro, que informou que “há indícios de que visitantes dos presos políticos da operação teriam entrado no presídio Santa Augusta sem autorização”.
O secretário também destacou que tudo será investigado, onde os policiais penais e os presos da Operação Mensageiro que estão nesse presídio serão ouvidos para confirmar ou não se houve visita sem autorização.
Há um sistema de monitoramento interno que servirá para demonstrar se houve facilitação por parte do diretor da unidade ou algum policial plantonista.
Se confirmado, o caso pode resultar em punição aos envolvidos. “As consequências para os envolvidos podem incluir uma suspensão de 30 dias sem remuneração ou até mesmo demissão. No entanto, a medida exata dependerá das descobertas e do enquadramento das investigações”, disse Edenilson Schelbauer.
Ele informou que o afastamento do diretor do presídio se deu pelo bom andamento das investigações. “Vamos oportunizar a defesa de possíveis atos que possam ter facilitado a entrada de visitantes que não estavam cadastrados como visita pré-determinada e pré-agendada. Cada gestor deve arcar com as consequências caso descumpra as normativas e leis que regem o bom andamento do sistema carcerário catarinense”.
De acordo com as normas da Secretaria de Estado da Administração Prisional de Santa Catarina, todas as unidades prisionais do Estado possuem regras para determinar como será a visita de presos nas unidades, sejam eles presos provisórios ou definitivos.