A CBF anunciou ontem, 24, a reeleição do seu atual presidente, Ednaldo Rodrigues, por unanimidade. Ele estará à frente da entidade por mais quatro anos, após receber todos os votos das 27 federações e de todos os 40 clubes das Séries A e B, somando 141 pontos. Sua chapa foi a única inscrita para a eleição.
O mandatário iniciou sua jornada como presidente da CBF em 2021, quando assumiu a presidência interinamente após o afastamento do ex-presidente Rogério Caboclo. Seu novo mandato iniciará em março de 2026, com Reinaldo Carneiro Bastos, Ednaílson Rozenha, Roberto Góes, Ricardo Lima, Gustavo Oliveira, Leomar Quintanilha, Rubens Angelotti e Gustavo Henrique como vice-presidentes.
“Hoje, celebramos não apenas a confirmação do nosso trabalho pela reeleição, mas o triunfo da democracia, do diálogo, da liberdade e da autonomia das organizações esportivas. Ao longo dos últimos anos, enfrentamos muitos desafios. Sofremos todo tipo de preconceito e perseguições. Tentaram até um golpe. Resistimos e vencemos! Agradeço a Deus por tudo, à minha família pelo apoio incondicional e a todos que trabalham incansavelmente todos os dias para fortalecer e purificar o futebol brasileiro, em especial à FIFA, a CONMEBOL e a cada um de vocês, representantes de federações e clubes, pela confiança e parceria ao longo desses anos”, disse o presidente, no discurso de agradecimento.
O empresário e ex-jogador Ronaldo Nazário era um dos concorrentes de Ednaldo para assumir o cargo de presidente da CBF, mas revelou que desistiu da candidatura por não conseguir conversar e apresentar suas propostas a 23 das 27 federações.
A última vez que uma eleição para a presidência da CBF contou com duas chapas foi em 1989. Em seu discurso, Ednaldo Rodrigues afirmou que, em sua gestão, a entidade voltou a ter representatividade internacional, alcançou sucessos em faturamento e superávit, além de ser pioneira no combate ao racismo.
Confira o pronunciamento de Ednaldo Rodrigues na íntegra:
“Hoje, celebramos não apenas a confirmação do nosso trabalho pela reeleição, mas o triunfo da democracia, do diálogo, da liberdade e da autonomia das organizações esportivas. Ao longo dos últimos anos, enfrentamos muitos desafios. Sofremos todo tipo de preconceito e perseguições. Tentaram até um golpe. Resistimos e vencemos! Agradeço a Deus por tudo, à minha família pelo apoio incondicional e a todos que trabalham incansavelmente todos os dias para fortalecer e purificar o futebol brasileiro, em especial à FIFA, a CONMEBOL e a cada um de vocês, representantes de federações e clubes, pela confiança e parceria ao longo desses anos.
A CBF voltou a ter representatividade internacional. O português foi reconhecido como língua oficial da FIFA e CONMEBOL. Criamos a União das Federações de Futebol da Língua Portuguesa. Estabelecemos um Escritório de Projetos da CBF na FIFA, resultando no maior investimento que o Brasil recebeu da FIFA em toda sua história e posicionando a CBF como referência para o mundo inteiro em diversas áreas.
Fomos pioneiros na liderança global do combate ao racismo, implementando medidas como a parceria com o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, a reforma do RGC com sanções esportivas e a campanha #ComRacismoNãoTemJogo, vencedora do prêmio FIFA The Best. Também nos tornamos referência global em inclusão, apoiando iniciativas como a Seleção de Futsal Down, Futsal Nanismo e as Olimpíadas Especiais.
Batemos recordes sucessivos de faturamento e superávit, reinvestindo mais de 70% no desenvolvimento e fomento do futebol brasileiro. O maior investimento da história! Intensificamos os esforços para implementar o Fundo de Legado da Copa do Mundo, construindo Centros de Desenvolvimento do Futebol em estados que não sediaram jogos e melhorando a infraestrutura dos estádios em todo o país. Aprimoramos os torneios existentes e criamos novos, como o Campeonato Sub-15 masculino com 32 clubes, campeonato brasileiro masculino sub-20 da série B com 20 clubes, Copa do Nordeste masculino sub-20 com 24 clubes e Copa do Brasil feminina com 64 clubes. Garantindo oportunidades para jovens talentos de todas as regiões do Brasil.
Vamos continuar construindo um futebol que orgulha o país, gera empregos, promove o desenvolvimento e, acima de tudo, faz a alegria de milhões de torcedores.”
*Texto do Portal MKT Esportivo