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Eron mira na candidatura apesar dos apelos

O chefe da Casa Civil, que deixa o governo de SC em 31 de março

O chefe da Casa Civil Eron Giordani, de saída do governo do Estado, ouve os mais veementes apelos para reconsiderar a posição que já está tomada e consolidada.

A ausência do mais importante articulador político da administração de Carlos Moisés já pode ser sentida na Assembleia, onde o governador está sob ataque após utilizar aviões locados do serviço aéreo de transporte, cedidos à saúde, para viagens oficiais.

Eron considera que seu trabalho foi concluído, pois entrou na Casa Civil para melhorar a articulação entre o Executivo e a Assembleia, assim como com os demais poderes, órgãos com autonomia administrativa e financeira, além das prefeituras.

Pronto para se engajar na campanha a deputado pelo PSD, de olho na possibilidade do prefeito João Rodrigues (PSD), de Chapecó, concorrer ao governo, Eron conta que, ao apresentar a carta em que se despedia da administração estadual, provocou choro do governador, que, ao final do encontro, só pediu para que o desligamento não ocorresse no dia 25 de março, mas no último dia do mês.

É fato: o governo Moisés teve outro momento, inclusive com a consolidação de uma base de apoio no Legislativo, após o embarque de Eron Giordani, conquistas que estão a perigo a partir da saída do chefe da Casa Civil.

 

Sem campanha

Eron acentua que, entre suas missões ao entrar no governo, não estava a construção de uma aliança para respaldar a candidatura de Moisés à reeleição.

Evidentemente, o titular da Casa Civil não gostou nada do resultado da ida para o Republicanos, partido pequeno, sem grade expressão no Estado – dois prefeitos, um deputado estadual e um federal – e que não assegura qualquer tranquilidade ao projeto do governador sem que outras grande siglas o cerquem.

Moisés vetou as articulações sugeridas por Eron, principalmente as filiações ao MDB ou ao PP ou, em última hipótese, no PSDB, tampouco ouviu da relevância de ter o Podemos e o PSD na formação de um superaliança, agora mais distante do governador.

 

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João mais próximo de Bolsonaro
Não é só para anunciar a desapropriação de uma área em Chapecó para ampliar o IFSC que o presidente Jair Bolsonaro (PL) liga para o prefeito João Rodrigues (PSD), como voltou a ocorrer nesta quinta (17).
Bolsonaro e João têm trocado telefonemas sobre vários assuntos e deve passar por estes contatos o futuro político do prefeito, que deve ser decidido até o fim do mês, prazo para que possa renunciar ao cargo para concorrer ao governo.
No próximo dia 23, João estará de aniversário, e ao completar 55 anos fará dois grandes eventos, como em outras datas festivas, só que dias 25 e 26 – uma festa pública para cerca de 1 mil convidados e outra privada para uns 400 – há a expectativa de uma divulgação: se concorre ou não este ano.

 

Em formação

João teria que passar por alguns obstáculos para pôr a candidatura ao governo na rua, o ex-governador Raimundo Colombo, por exemplo.

Mas, no meio do caminho, poderia receber o apoio de Lucia Hang, que tem tudo para ser candidato ao Senado pelo PP, na mais nova especulação da pré-eleição de 2022, mistério que só será revelado no final de março, prazo para a filiação.

A construção de uma superaliança, que já esteve no colo de Moisés, mudaria de lado e os ventos soprariam para João, cujo maio desafio é mesmo ter que renunciar à prefeitura sem a garantia plena de que será homologado candidato ao governo na convenção entre julho e agosto.

 

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Mourão serve para Moisés?
Quando faltaram argumentos para respaldar a decisão do governador Carlos Moisés em filiar-se ao Republicanos, alguém sugeriu que, além da farda e da Bíblia, o ato estava ligado a uma reaproximação com o presidente Jair Bolsonaro, do qual a sigla é aliada.
Esta máxima acaba de sofrer um arranhão, que o tempo dirá se foi superficial ou profundo, pois tem um efeito junto à claque bolsonarista com a filiação do vice-presidente Hamilton Mourão ao partido de Marcos Pereira e Sérgio Motta.

 

Chamam de “traíras”
Mourão, pessoa de brilho próprio, inteligente e com ideias bem definidas, tem ido de encontro a muitos posicionamentos do presidente da República, a maioria da vezes um contraponto nada bem avaliado pelos conservadores e pelo Palácio do Planalto.
Como um dia, Moisés ousou dizer que fazia parte do grupo político de Bolsonaro, mas não concordava com todas as atitudes do presidente, o que lhe rendeu, quando seus adversários de extrema-direita querem ser polidos, a alcunha de “traíra”, agora com Mourão no Republicanos é bem provável que os dois entrem no mesmo pacote dos bolsonaristas mais críticos em Santa Catarina.

 

Elas pelo Estado

Beth Tiscoski, presidente do segmento Mulher Progressista de Santa Catarina, começa a correr o Estado, em ciclos de eventos.

O primeiro encontro será em São Bento do Sul, a terra do presidente do PP, deputado Silvio Dreveck, na sexta da semana que vem (25), e a ideia é que o número de participantes seja próximo das 700 que participaram das reuniões no ano passado.

Os próximos encontros estão marcados para Xanxerê, São Lourenço do Oeste, Florianópolis, Rio do Sul, Maravilha e Gravatal.

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