O reinado absoluto da Globo no esporte está chegando ao fim. Este ano já havia marcado uma forte alteração na equipe esportiva: narradores, incluindo Galvão Bueno, mais comentaristas e repórteres passaram a ter contratos como pessoas físicas – e não mais jurídicas – com redução dos recebimentos fixos.

Nas últimas semas as alterações foram mais significativas, a Globo abriu mão da Fórmula 1 e da Libertadores devido ao alto valor das cotas. O resultado facilitou a volta ao mercado da Band, que vai reativar aquela imensa cobertura de domingo criada por Luciano do Valle, e a entrada do SBT, que adquiriu a Libertadores e também negocia a F1. 

Isso já criou uma agitação nos bastidores do mercado, com a valorização dos profissionais. Há muita gente disponível sem chance na Globo querendo dar a volta por cima em outras emissoras. Glenda Kozlowski, por exemplo, já foi contratada pela Band, que vai relançar em setembro ainda o dominical Show dos Esportes.  Já Téo José vai narrar para o SBT.

É certo que a Globo mantém o foco no Brasileirão A e B, o melhor do futebol brasileiro, mas com frequência há investidas de concorrentes para dividir esses direitos na TV fechada ou streaming.

Outras competições estão na mão de concorrentes: a ótima Liga Europeia de seleções foi vista apenas na TNT. A TNT também continua com os direitos da Liga Europa, Liga dos Campeões, e campeonato espanhol.

A Rede TV, por sua vez, também está na área tentando os direitos da Sulamericana. E há negociações em andamento para a transmissão do Francês.

Além desses, o Espanhol só poderá ser acompanhados na ESPN/Fox. O Alemão e o  italiano na Band, TV aberta e fechada.

Os novos ares no esporte são saudáveis em todos os sentidos, em especial para quem pode escolher uma outra visão sobre competições que com frequência entram em nossas casas.