Na sessão desta segunda-feira, 10, da Câmara Municipal de Florianópolis o ex-funcionário do Consórcio Fenix, que explora o transporte público da Capital, Adriano José de Andrade, fez uso da tribuna do legislativo, por um pedido do vereador Gilberto Pinheiro “Gemada” (Podemos), para esclarecer as demissões de funcionários pela empresa no período da covid-19, no ano de 2020.
Apesar de não ser o representante legal dos ex-funcionários, Adriano disse na tribuna que, se os vereadores não os apoiarem na busca pelos valores devidos dos trabalhadores demitidos, eles vão se mobilizar para fechar terminais, fechar as pontes e parar o transporte coletivo da cidade.
Adriano José de Andrade pediu a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o que aconteceu. Na sua fala, ele disse que “vocês não devem obrigação a nenhum empresário, embora alguns deles injetem dinheiro na campanha de vocês, mas vocês não devem obrigação a eles. Vocês devem obrigação ao povo que elegeu e colocou vocês aqui”.
Os vereadores Jefferson Backer (PSDB) e Afrânio Boppré (Psol) pediram que o representante da categoria revelasse o nome dos vereadores que tiveram a campanha financiada pelos empresários.
Afrânio disse também que já tem seis assinaturas para a abertura da CPI, mas que precisa, pelo menos, de mais duas para que ela seja instalada na Câmara Municipal. O ex-funcionário do Consórcio Fenix disse que, se a CPI for aberta, ela dá, pelo menos, um nome de vereador que teve a campanha financiada por uma empresa.
O vereador Gilberto Pinheiro rebatei o vereador do Psol dizendo que não adianta falar em CPI se no dia da votação nem comparece no plenário para votar, como ocorreu em 2019.
A sugestão feita para resolver o problema foi que, através de uma ação da Mesa Diretora ou mesmo através de um Projeto de Lei, que se possa usar a sobra do duodécimo da Câmara para exclusivamente pagar as rescisões desses funcionários.
Veja a fala do vereador Afrânio Boppré (Psol) na sessão de ontem:









