Desde a pré-eleição de 2024 que o União Brasil de Florianópolis vem tendo uma disputa interna. De um lado o ex-prefeito Gean Loureiro que conseguiu que o partido fizesse parte da coligação de Dário Berger (PSDB).
Do outro lado tem os vereadores Dalmo Menezes, Dinho e Josimar Pereira (Mamá), que queriam que o partido tivesse apoiado a reeleição do prefeito Topázio Neto (PSD). Como o UB de Florianópolis foi com Dário, os vereadores ficaram dom Topázio.
Os três vereadores buscaram a reeleição, mas apenas Dinho e Mamá voltarão para a Câmara de Vereadores. Com isso, o presidente estadual do UB, deputado federal Fábio Schiochet, daria a presidência municipal do partido para um deles, mas os vereadores preferiram indicar Fábio Botelho, que será o futuro chefe de gabinete de Topázio Neto no segundo mandato.
Schiochet não gostou e entendeu que essa indicação era uma afronta ao ex-prefeito Gean Loureiro. Então, como os vereadores declinaram do convite, o próximo presidente municipal do União Brasil de Florianópolis será o próprio Gean.
Ele deve assumir no próximo dia 12, quando termina o mandato do atual presidente, Constâncio Maciel, que é um aliado do ex-prefeito de Florianópolis.
Schiochet não quis bater de frente com Gean por ele ser um nome forte do partido para a eleição de 2026. Gean deve concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa e o partido acredita que ele tem grandes chances de vitória.
Depois da confirmação, não se sabe como ficará a situação dos vereadores do União Brasil. Eles continuam querendo que o partido faça parte do governo Topázio, até para que possam negociarem espaços na próxima administração.
Mas muito provavelmente a nova direção municipal sequer cogitará tal situação e já deve se aproximar ironicamente do PSD, mas o de João Rodrigues. O próprio PSD nacional de Gilberto Kassab já ensaia uma aproximação com o UB de Ronaldo Caiado para a eleição nacional.
Então, em Florianópolis, Gean já vislumbra a possibilidade e não vai querer ver o União Brasil municipal e a sua imagem ligada a um dos braços do governador Jorginho Mello, que é a Prefeitura da Capital.
O lado ruim é que Gean não terá controle sobre os vereadores do partido, mas vai ser quem definirá os rumos do União Brasil municipal para a próxima eleição.
