Federação e clubes driblam restrições sanitárias

O conselho técnico da Federação Catarinense de Futebol (ou seria conselho político?) e os clubes encontraram uma maneira de evitar a própria decisão da entidade que suspendeu o campeonato por 15 dias. Alguns jogos serão realizados em cidades vizinhas àquelas que proibiram competições: Criciúma, Tubarão, Florianópolis e Chapecó.
Talvez Chapecó volte a receber o futebol amanhã, 8, em um processo de liberalização geral da prefeitura, embora por lá a crise no sistema de saúde continue intensa. Tanto que alguns pacientes continuam sendo transportados para o Espírito Santo em busca de salvação.
É difícil entender por que o futebol se coloque acima da crise, como se deslocamento de uma cidade para outra, o meio de transporte, o restaurante e o hotel não fossem lugares de disseminação do vírus. Afinal, as cidades em situação delicada são aquelas de onde as delegações se deslocam. O JEC acabou de superar um surto, a Chapecoense segundo divulgou ontem tem quatro contaminados.
No fundo da questão está o debate entre o viés econômico e a saúde das pessoas. A Federação e os clubes resolveram optar pela primeira hipótese, em tese salvando os clubes e não vidas.