Para coibir o número crescente de pichações em Florianópolis, a Frente Parlamentar de Combate à Pichação realizou na tarde desta sexta-feira, 4, na Câmara Municipal de Florianópolis a primeira reunião.
O vereador Marcos Leandro da Silva (PSC), presidente da Frente Parlamentar, vem há anos tentando combater essas ações na cidade e diz que, além de causarem uma poluição visual, essas práticas trazem prejuízos financeiros ao patrimônio público e privado.
“O centro de Florianópolis vem sendo alvo constantes pichações, danificando, poluindo e destruindo a beleza da arquitetura açoriana presente em antigos casarões que hoje abrigam lojas e restaurantes que fazem parte do patrimônio histórico da nossa cidade”, enfatizou o vereador.
Além de causarem poluição visual, essas ações são criminosas e segundo o Tenente Coronel Dhiogo Cidral, Comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar de Santa Catarina, nos últimos dois anos foram realizadas 62 detenções de pessoas envolvidas nesse tipo de crime e que foram levadas à justiça para responderem por esses fatos.
“Esperamos que através da Câmara possamos endurecer a lei, talvez para obrigar até essas pessoas em caráter pedagógico a limpar a sujeira que fazem e garantido a cidade linda e limpa e atrativa para todos”, destacou o Comandante.
Representando o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Florianópolis (IPPUF), o superintendente Carlos Alvarenga disse que o órgão realiza diálogos com a sociedade e incentiva a arte pública. “Não temos a competência fiscalizatória, mas temos esse diálogo com a sociedade, ouvir a sociedade e pensar juntos em uma inclusão dessas pessoas”.
Já o promotor de Justiça Daniel Paladino destacou que a questão é tão importante e que está muito em voga ultimamente na nossa sociedade. “Trazer esse debate para dentro da Câmara é essencial. Enfatizo que o Ministério Público sempre vai apoiar esse tipo de discussão que toca diretamente a todos nós. Quando se fala de dano ao patrimônio público fala de dano aos nossos patrimônios culturais, arquitetônico e artístico. Isso realmente merece uma discussão bastante aprofundada e ações realmente efetivas”, finalizou o promotor.