Em celebração ao Dia Internacional da Mulher, o Ibope Repucom divulgou o estudo ‘Women and Sports’, que traz insights sobre o crescente interesse feminino por esportes e sua relação com diferentes aspectos desse universo.
Os dados apontam um aumento de 20% no interesse das mulheres por esportes entre 2020 e 2024, mais que o dobro do crescimento registrado entre os homens, que foi de 9%. Esse indicativo aponta uma oportunidade para investimentos em ações de marketing voltadas a esse público dentro de eventos esportivos.
No Brasil, a ginástica olímpica se destaca: 61% da população conectada se declara fã da modalidade, o que equivale a mais de 71 milhões de pessoas. Entre as mulheres, o número sobe para 69%.
Para Glória Andrade, PR da Confederação Brasileira de Ginástica, a crescente visibilidade do esporte é resultado de um trabalho estruturado. “O sucesso da ginástica brasileira não acontece por acaso. A Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) fortalece sua marca e a reputação de suas atletas desde as categorias de base”, afirma a profissional, que há 15 anos está à frente da comunicação da CBG.
O estudo também aborda o comportamento de consumo das mulheres. Ir a shopping centers aparece como o segundo hábito de lazer mais comum entre elas, evidenciando seu potencial de compra, com uma taxa 6% superior à dos homens.
No setor de apostas esportivas, 47% das pessoas que afirmam já ter realizado alguma aposta esportiva no último ano são mulheres, um percentual próximo ao dos homens (53%). Essa proporção também se repete na compra de produtos esportivos: 47% das mulheres relatam já ter adquirido itens desse segmento, contra 53% dos homens.
Apesar da presença relevante, a frequência das apostas entre as mulheres é menor. Entre as que apostam ocasionalmente (uma vez ao ano), a participação feminina chega a 61%. Já entre os apostadores mais assíduos (mais de uma vez por semana), os homens predominam, com 60% do total. O valor investido também reforça um perfil mais moderado das mulheres: 50% das suas apostas se concentram na faixa de até R$ 50, enquanto os homens tendem a gastar mais em apostas intermediárias e de alto valor.
Para Danilo Amâncio, coordenador de marketing do IBOPE Repucom, esse comportamento exige abordagens diferenciadas. “A participação feminina no setor de apostas é uma realidade cada vez mais relevante e apresenta características próprias. Compreender essas particularidades é essencial para marcas que desejam fortalecer sua conexão com esse público e impulsionar o setor de forma sustentável”, analisa. (propmark)