Um levantamento realizado pela Educa Insights, uma empresa especializada no mercado da educação, revelou que 35% dos brasileiros interessados em cursar uma graduação em 2024 não iniciaram os estudos porque estão gastando recursos com apostas online, como o “jogo do tigrinho”. Além disso, apenas 37% dos potenciais graduandos planejam abandonar as apostas até 2025 para retomar os estudos, sugerindo que as apostas online estão criando um ciclo difícil de romper, afetando diretamente o desenvolvimento profissional e as perspectivas econômicas de longo prazo. O impacto desse comportamento reflete-se em uma força de trabalho menos qualificada, elevando potencialmente a desigualdade social e freando o progresso de diversos setores da economia.
Os dados também mostram que a região Sudeste é a que apresenta o maior número de jovens que não iniciaram os estudos devido às apostas online (919), seguida pela região Sul (277) e Centro-Oeste (224). Em relação à classe social, a classe C1 é a que apresenta o maior número de jovens que não iniciaram os estudos devido às apostas online (331), seguida pela classe B2 (253) e classe C2 (224).
Além disso, os dados também mostram que os gastos com apostas online estão afetando as finanças pessoais dos jovens. Conforme o documento, 86% dos apostadores afirmam que estão endividados, e 63% afirmam que já comprometeram parte de sua renda com apostas online.

O mercado de apostas online no Brasil está em crescimento exponencial, movimentando cerca de 1% do PIB nacional e comprometendo até 20% do orçamento das famílias mais pobres. Em 2023, os brasileiros gastaram entre R$ 100 bilhões e R$ 150 bilhões com jogos, incluindo apostas esportivas e loterias. Além disso, 64% dos apostadores utilizam sua principal fonte de renda para apostar, e 63% já comprometeram parte de sua renda com apostas online, levando a um impacto grande no consumo e na renda das famílias.
O impacto desse comportamento reflete-se em uma força de trabalho menos qualificada, elevando potencialmente a desigualdade social e freando o progresso de diversos setores da economia. Além disso, a falta de qualificação pode levar a uma menor competitividade no mercado de trabalho, tornando mais difícil para os jovens encontrar empregos bem remunerados.
Diante desse cenário, é fundamental promover campanhas de conscientização sobre os riscos financeiros e sociais das apostas, ao mesmo tempo, em que se incentiva o retorno à educação formal, visto que ela continua sendo o principal motor de mobilidade social e desenvolvimento econômico. Essas tendências reforçam a urgência de um diálogo entre políticas públicas, instituições de ensino e a sociedade para reverter esse quadro e garantir que os jovens priorizem seu futuro acadêmico e profissional.
É fundamental desenvolver campanhas de conscientização sobre os riscos associados às apostas online e promover a educação financeira entre os jovens para enfrentar esse desafio e incentivar o engajamento desses jovens em atividades educacionais e de formação profissional.