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Jorginho já negocia com as bancadas para ter maioria na Alesc

Já se sabe que o colegiado do governador eleito Jorginho Mello (PL) só deverá ser anunciado a partir de 1º dezembro. Mas os nomes das secretarias da Fazenda e da Administração devem sair antes, pois estes já farão parte do grupo de transição.

Outro nome que soa forte já a algum tempo para assumir a secretaria de Saúde do Estado é o da deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania). Ela é especialista na área e já foi presidente da Frente Parlamentar Mista da Saúde, que tem mais de 200 parlamentares e, entre eles, o próprio senador Jorginho Mello.

Com a ida de Carmen para a Saúde, Jorginho pode negociar com o PSDB o apoio dos deputados estaduais reeleitos Marcos Vieira e Vicente Caropreso, pois abriria a vaga da deputada federal para a suplente Geovânia de Sá (PSDB), que não se reelegeu. O Cidadania/PSDB que formam uma federação partidária e estão juntos pelos próximos 4 anos.

MOVIMENTAÇÕES NA ALESC

Mas antes de pensar em secretários estaduais, o governador eleito já vê movimentações na Assembleia para a composição da mesa diretora. Jorginho sabe que não pode deixar a sua bancada solta, pois tem ali deputados estaduais mais ideológicos do que partidários e isso pode atrapalhar as negociações com as outras bancadas.

Como a maioria dos deputados de hoje voltará em 2023, as conversas preliminares colocam o nome de Mauro de Nadal (MDB) como o mais indicado para presidir o legislativo estadual nos primeiros dois anos.

Os deputados Marcos Vieira (PSDB), Zé Milton Scheffer (PP) e Maurício Eskudlark (PL) também estão cotados, mas estes já aceitariam apenas ocupar um lugar na mesa. O problema para Jorginho estaria com Ana Caroline Campagnolo (PL), que acha que pela votação que fez, merece ser a bola da vez.

Ela se diz preparada para assumir a presidência da Alesc, mas Jorginho precisa dos outros deputados para formar uma bancada de, pelo menos, 30 parlamentares para aprovar as reformas que o seu governo já tem planejado.

Jorginho tem o argumento que seu partido, além de governar o estado, tem um senador, seis deputados federais e 11 estaduais, sendo o partido com mais força política de SC.

Vale ressaltar que Jorginho já deu para o MDB a vaga no senado, pois a partir de 1º de janeiro do ano que vem Ivete Appel da Silveira assume a cadeira que era do governador eleito.

O fato é que Jorginho Mello não vai cometer os mesmos erros que Carlos Moisés (Republicanos), que nos dois primeiros anos de mandato se fechou na Casa D´Agronômica e não quis papo com os deputados estaduais.

Jorginho já foi vereador, deputado estadual, presidente da Alesc, deputado federal e senador e sabe da importância que o legislativo tem no dia a dia do executivo e desde o primeiro dia de governo vai buscar o entendimento com os 40 deputados catarinenses.

A INCCÓGNITA

O Podemos está entre os partidos que não se sabe qual caminho vai tomar. O partido reelegeu a deputada estadual Paulinha, que pela proximidade que tem com o governador Carlos Moisés, não se mostra, nesse momento, aberta a uma composição com Jorginho Mello.

Mas a legenda também elegeu o presidente da sigla, Camilo Martins, e o ex-vereador de Lages, Lucas Neves. Os três se reuniram na quinta-feira, 3, no gabinete de Paulinha para conversar sobre o futuro do partido dentro da Alesc.

Essa primeira conversa foi para decidir o caminho na escolha da próxima mesa diretora, mas os três terão que voltar a conversar sobre uma possível aliança com o próximo Governo do Estado.

A deputada já demonstrou o interesse de ficar na oposição, mas Camilo Martins não tem mais o compromisso com o Republicanos e pode querer conversar com Jorginho Mello para, pelo menos, ouvir dele uma proposta.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

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