Nesse fim de ano de 2024 o governador Jorginho Mello (PL), que em 2022 se elegeu com chapa pura, começa a articular uma junção de partidos para, em 2026, ter o maior número de aliados para garantir a sua reeleição.
Esse modelo de coligação era chamado pelo ex-governador Luiz Henrique da Silveira de “modelo morro abaixo”, que seria uma eleição em que políticos somam força para eleger um grupo.
Por conta disso, o atual governador prepara uma reforma administrativa para dar mais espaço para aos aliados como PP, MDB e o Republicanos, que decidiram apoiar a sua administração já visando a próxima eleição.
Diante disso, o deputado estadual Antídio Lunelli (MDB) vai assumir a Secretaria de Agricultura e Pecuária e o deputado federal Carlos Chiodini (MDB) também será colocado numa pasta que ainda vai ser definida para que ele seja o elo entre o Governo do Estado e o Governo Federal.
DEIXANDO TOPÁZIO NETO
Quem também vai entrar no governo do Estado é o secretário da Casa Civil de Florianópolis, Carlos Eduardo de Souza Neves (Mamute), que assumirá como secretário-adjunto da Casa Civil no Governo do Estado, sendo o número dois na pasta, que é uma das mais influentes na estrutura de governo.
O convite a Mamute partiu dos filhos de Jorginho, Filipe e Bruno Mello, que entendem que era necessário prestigiar o prefeito Topázio Neto, que já disse que permanece no PSD, apesar de ter se aproximado muito do PL.
Curiosamente, Mamute já tinha sido assessor da Casa Civil do governo de Carlos Moisés junto com Eron Giordani, presidente estadual do PSD, e também trabalhou na campanha do deputado estadual Júlio Garcia (PSD) em 2022.
Quem vai voltar para a Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias é o suplente de senador Beto Martins (PL), que até o fim desse mês ocupa a cadeira da licenciada senadora Ivete Appel da Silveira. Com isso, Ivan Amaral, que hoje comanda a pasta, deve ficar como secretário-adjunto, cargo que antes era ocupado pelo prefeito eleito de Itajaí, Robison Coelho (PL).
Outra mudança que vai acontecer é no comando da Secretaria de Assistência Social do Estado. É que o prefeito eleito de Rio do Sul, Manoel Arisoli Pereira (PL), convidou a atual secretária da pasta, Maria Helena Zimmermann, para ser a futura secretária municipal da Assistência Social da sua cidade.
AS POSSIBILIDADES
O atual prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt (PL), que está terminando o seu segundo mandato, tem o nome praticamente confirmado para assumir a Secretaria de Proteção e Defesa Civil do Estado pelo Know-how que a Prefeitura de Blumenau tem nessa área.
Outro prefeito que também tem grande possibilidade de fazer parte do colegiado de Jorginho Mello é Fabrício Oliveira (PL), de Balneário Camboriú. Juliana Pavan (PSD), prefeita eleita de BC, teria convidado Evandro Neiva para a Secretaria Municipal de Turismo, o que abriria a vaga do Turismo estadual para Fabrício. A dúvida é se Catiane Seif permanecerá como adjunta, já que Fabrício terá carta branca para a escolha.
Com a ida em definitivo de Carmen Zanotto (Cidadania) para Lages, a Secretaria de Saúde está sendo comandada pelo ex-secretário-adjunto Diogo Demarchi Silva e pode ter um novo comandante em 2025, dependendo das articulações que o governador fizer.
A Comunicação do Estado é outra secretaria que Jorginho estuda fazer mudanças por conta dos últimos acontecimentos. O governador quer Bruno Oliveira, secretário de comunicação de Florianópolis, mas enfrenta a resistência do prefeito Topázio. Bruno vem fazendo ótimos trabalhos desde a administração de Gean Loureiro (UB) e agora pode assumir o cargo estadual.
O deputado federal Ricardo Guidi (PL), que perdeu a eleição em Criciúma, deve mesmo permanecer em Brasília e a Secretaria do Meio Ambiente e Economia Verde do Estado, que hoje é tocada por Guilherme Dallacosta, também pode entrar numa negociação.
Enfim, muitos nomes de candidatos que perderam a eleição em 2024 e prefeitos em fim de mandato podem surgir no Governo do Estado na reforma administrativa de Jorginho Mello, que deve ser formalizada, se nada mudar, até o dia 15 de dezembro.