A deputada federal Júlia Zanatta (PL) percorre o estado ajudando os diretórios municipais do Partido Liberal a aumentarem o número de filiados já visando as eleições de 2024.
No sábado ela esteve em Blumenau e Brusque e terminou o domingo em Florianópolis. A deputada, que tem sua base eleitoral em Criciúma, foi homenageada em Blumenau pelo Clube de Caça e Tiro Blumenauense pelo empenho em prol da categoria.
Aliás, ela corre contra o tempo para buscar as assinaturas necessárias para pedir a revisão no Congresso do decreto anti-armas assinado pelo presidente Lula no dia 2 de janeiro.
Esse decreto, que suspende o registro de novas armas de uso restrito de CACs (Caçadores, Atiradores e Colecionadores) e interrompe autorizações de novos clubes de tiro, teve todos os processos que questionavam a sua legalidade suspensos no Supremo Tribunal Federal na última sexta-feira, 10.
A decisão foi de 10 a 1 favorável ao parecer do ministro Gilmar Mendes, que escreveu no parecer que “observou-se (na gestão de Jair Bolsonaro) clara atuação inconstitucional no sentido da facilitação do acesso a armas e munições no País, beneficiando especialmente a categoria dos CACs (com interpretação cada vez mais leniente de quem nela se enquadraria), a despeito de outros bens jurídicos constitucionais relevantes, como o dever de proteção à vida”.
A deputada catarinense, até sábado, já tinha conseguido 124 assinaturas de deputados federais e precisa de, no mínimo, 187 para que seu pedido seja votado diretamente no plenário da Câmara sem precisar passar pelas comissões.
A justificativa dela é que esse decreto traz prejuízos ao setor de armas, obrigando o recadastramento de armamentos já regularizados no Sistema Nacional de Armas (Sinarm) e a suspensão temporária de novos Certificados de Registro (CRs) para caça, coleção e tiro esportivo.
Dos deputados federais de Santa Catarina, apenas os petistas Pedro Uczai e Ana Paula Lima não assinaram o pedido de revisão de Júlia Zanatta.