
Ex-delegado-geral no governo de Raimundo Colombo (PSD) e atual corregedor-geral da instituição, o delegado Marcos Ghizoni Júnior dará uma coletiva, a partir das 18h30min desta segunda (04), na sede da Secretaria de Segurança Pública, em Florianópolis, para ser oficialmente anunciado como o novo delegado-geral da Polícia Civil.
A confirmação saiu depois de uma reunião que durou mais de duas horas, na Casa d’Agronômica, com o governador Carlos Moisés (sem partido) e o demissionário Laurito Akira Sato.
Ghizzoni chegou a aparecer na lista de substitutos de Akira, que pediu exoneração na última quinta (30), mas havia declinado.
Agora, terá a missão de apaziguar a Polícia Civil, principlamente os delegados, que abriram guerra contra o Executivo depois de se sentirem preteridos na Reforma da Previdência.
Com o anúncio, Moisés tenta dissipar as nuvens de especulações que duraram três dias sem qualquer manifestação da administração estadual, um prato cheio para os adversários e o ressurgimento da “tropa de choque” dos processos de impeachment.
Licença
Akira Sato sairá de licença entre 30 e 60 dias para tratamento de saúde e, após este período, deve ser integrado à cúpula da Polícia Civil.
Este, sem especulações, seria o motivo da saída dele do cargo, embora o nome do delegado Rafaelo Ross deva figurar como corregedor-geral da PC.
Fortalecida
Para rebater as especulações de que a pressão por troca de delegados seria o motivo da exoneração solicitada por Akira, a Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) será fortalecida.
Não haverá, de acordo com o governo, qualquer mudança de postos entre os delegados que atuam na diretoria.