Na manhã dessa sexta-feira, 20, o deputado estadual e presidente do PSDB catarinense, Marcos Vieira, deu declarações fortes na entrevista que deu na rádio Som Maior, de Criciúma, para o jornalista Adelor Lessa.
Segundo o deputado, está havendo “compra e venda” de prefeitos em Santa Catarina, acusando diretamente o governador Jorginho Mello (PL) desse tipo de prática para engordar as fileiras do Partido Liberal.
Marcos Vieira falou que “está se usando dinheiro da máquina pública para dar para prefeitos para prefeitos migrarem para o partido do governo, isso é fato. É só vocês olharem no Diário Oficial e vejam lá as chamadas transferências especiais voluntárias. Prefeituras ganhando dinheiro para que os prefeitos possam migrar para o partido do governador”.
Ele afirma também que que as informações estão sendo coletadas e que poderão ser usadas futuramente.
Para Vieira “2023 é um ano crítico que antecede as eleições, de muita conversa, especulação, de muita fofoca e de muito diz que me disse”. Para ele, esse ano é de estruturação partidária e de preparação.
Ele afirmou que não há nenhum tipo de conversa para que o PSDB assuma qualquer cargo no Governo do Estado, mas não descarta que no futuro “isso possa ser levado a frente”.
Sobre a relação dele e do seu partido com o governador do Estado, Marcos Vieira disse que “o tratamento que o PSDB dará ao Governo vai ser na mesma proporção do tratamento que o Governo dará ao PSDB, não existe como ser diferente… Ninguém gosta de ser maltratado, nem o Governo gosta de ser maltratado e nem o PSDB gosta de ser maltratado, então tem que haver reciprocidade”.
O deputado estadual Marcos Vieira é o presidente da Comissão de Finanças e Tributação na Assembleia Legislativa de Santa Catarina e tem muita influência sobre a aprovação ou não do orçamento do Governo do Estado.
Sobre a saída Clésio Salvaro, prefeito de Criciúma, do seu partido, o deputado estadual disse que essa página tem que ser virada e que o PSDB daquela cidade tem duas grandes lideranças, que é a deputada federal Geovânia de Sá e o secretário municipal Acélio Casagrande.
