Na manhã desta quarta-feira, 30, Jorginho Mello (PL) e MDB se reuniram para um café na Casa D´Agronômica para discutir como poderá ser a entrada do partido no Governo do Estado e, consequentemente, o apoio do Massa Bruta na reeleição do governador.
O que já ficou garantido é que o MDB continua com a Secretaria de Infraestrutura e Jerry Comper terá mais espaço para indicar aliados a partir de agora. Outra secretaria que vai para o MDB é a de Agricultura, onde o convite acabou sendo feito para o deputado estadual Antídio Lunelli, que não aceitou e passou a vez para o também deputado estadual Volnei Weber.
Mesmo não assumindo a secretaria, Lunelli é o nome mais forte para ficar com a vaga de vice na chapa de reeleição de Jorginho em 2026. Com a saída de um deputado da Alesc, quem assumiria o lugar seria a ex-prefeita da cidade de Maravilha e mulher do ex-deputado federal Celso Maldaner, Rosi Maldaner.
O fato inusitado é que foi Celso Maldaner, quando era presidente do MDB estadual, que forçou a aliança do MDB com o ex-governador Carlos Moisés (Republicanos) em 2022, colocando Udo Döhler como vice e descartando Antídio Lunelli como candidato a governador emedebista naquela eleição.
Já a terceira secretaria ficaria com o deputado federal e presidente estadual do partido, Carlos Chiodini, que seria uma pasta mais de articulação, como por exemplo a Casa Civil. Mas essa pasta o PL não abre mão e dificilmente cairá no colo do MDB.
A cúpula nacional do partido ainda digere a ida de Chiodini para uma secretaria de Estado em Santa Catarina. Chiodini tem bom trânsito no Governo Federal e isso facilitará a vida de Jorginho Mello na busca de recursos para o Estado. O problema vai ser explicar isso para Lula e seus companheiros de partido, pois Jorginho hoje é um adversário, tanto que sequer aceita ir às reuniões convocadas pelo presidente da República.
Caso se confirme a saída de Chiodini do Congresso, quem continuará na Câmara dos Deputados será o suplente Fernando Vampiro, do sul do Estado.
A outra ideia de Jorginho de a senadora Ivete Appel da Silveira deixar o senado e assumir a Secretaria de Assistência Social do Estado para abrir espaço para o suplente Beto Martins (PL) também foi sumariamente descartada pela executiva nacional do MDB, pois entendem que o partido perderia uma cadeira no parlamento e entregaria o cargo para um partido de oposição ao Governo Lula, onde o MDB tem ministérios e não iria mexer nesse vespeiro.
Enfim, mais uma vez Jorginho Mello age rápido e coloca embaixo de seu guarda-chuva um partido forte que dará sustentação para a sua reeleição. Obviamente que o governador terá que escutar algumas manifestações contrárias dentro do PL, mas como ele é o nome mais forte do partido em SC, saberá colocar seus subordinados nos seus devidos lugares.