É irresistível – para quem tem tempo – ficar diante da TV e anotar os erros e equívocos do time de microfone. Até a coluna já fez um primeiro levantamento, destacando também os acertos da mídia nas Olimpíadas de Paris.
Alguns mereceram a ira dos internautas. O mais odiado deles foi o comentarista da CazéTV – streaming que tem se aventurado nas brechas dos canais convencionais a transmitir eventos internacionais. O “humorista” Guilherme Beltrão, ao comentar o nado sincronizado brasileiro, que só atua na reta final dos jogos, disse “o camarada do nado sincronizado, que não tem chance de medalha, tem que ir por dois objetivos: se superar e comer gente.”
O pessoal do nado sincronizado protestou veemente e os internautas foram atrás engrossando a lista. Como a gente entende, humoristas tem certa licença para textos mais provocativos, mas isso tem limite. No caso, desconhecido por esse Guilherme.
Dona de casa
O excelente comentarista de vôlei do SporTV, Marco Freitas, também provocou comentários raivosos por uma frase infeliz.
Ao comentar o abandono das quadras da japonesa, Sarina Koga, disse que “o marido dela ficaria feliz” e que “agora ela pode cuidar da família”.
Machista foi o mínimo que disseram dele, que ontem, domingo, comentou a vitória do vôlei feminino sobre as polonesas e não se referiu a esse assunto.
Todo mundo
Atletas brasileiras choram se ganham medalha e choram se perdem. É uma choradeira só. Comentaristas também choram. Os ex-atletas Diego Hypólitro e Daiane dos Santos mal conseguiram falar em determinado momento, emocionalmente tocados pelos ginastas brasileiros.
Sobre isso, Daiane disse que “é difícil a gente estar do lado de cá” e Diego “parece que a gente está competindo”.
Um pouco de emoção soma para a transmissão de TV, mas demais enfatiza o amadorismo.
Meninas
Tem mais um semana de competição em Paris e que todos nós esperamos é mais medalhas. Se não isso, pelo menos grandes exibições como as meninas do vôlei que deram espetáculo ontem sobre a Polônia.
Pode até chorar.