Que existe uma nova maneira de ler e apreciar o que é notícia, já estamos sabendo diante do gigantismo das redes sociais e dos vários formatos que ela apresenta. O que surpreende no momento é entender que a não noticia está no ar também.
Trata-se simplesmente de não dizer nada de útil, como neste exemplo da Folha de São Paulo, onde o sujeito ficou mudo:
“Ex de Rebeca silencia após ouro da ginasta em Paris.”
Qual a relevância disso?
Ou desta aqui, publicada na NSC: “Ex-satanista Daniel Mastral escreveu carta para o filho antes de morrer.”
E tem outra no mesmo portal: “Maria Fumaça anuncia sexo de bebê em museu ferroviário de SC.”
Parece que não existem mais editorias que avaliam conteúdos. Em sites profissionais deveria haver mais cuidado com as publicações e mais interesse na correção.
Fim de festa
Acabou ontem as Olimpíadas de Paris e nesta segunda-feira tudo volta ao normal. Quase saturou de tantos eventos esportivos, alguns com pouco significado para nós.
É hora de uma boa revisão da cobertura. Por exemplo, Paris deveria marcar a aposentadoria dos narradores gritões. Eles abusaram da nossa paciência.
Uma pena que o mais elegante deles, Milton Leite, se despediu do microfone justamente ontem. No vídeo, ele recebe a homenagem dos colegas – a maior deferência que um profissional pode ter.
Glória
Aos vencedores, a glória. A homenagem da coluna a eles nesta foto das atletas italianas, que venceram os Estados Unidos no vôlei, em um dos últimos eventos das Olimpíadas de Paris.