Até certa parte da cobertura da Olimpíadas, a presença de inúmeros comentaristas amadores, ex-atletas, foi um diferencial positivo para a Globo e os canais SporTV.
Mas, pelo meio da cobertura, como se dessem conta que nossa cota de medalhas seria pequena, entraram para dentro das quadras e demais locais de disputa e passaram a torcer desesperadamente.
E “compraram” a versão dos narradores que nossos atletas disputavam medalhas contra tudo e contra todos, incluindo as memórias da pobreza na infância.
Em alguns momentos, de tanta emoção, sequer conseguiam falar, como aconteceu com os comentaristas da ginástica artística.
Em outros, choraram ao vivo como aconteceu com a comentarista Ana Thaís Matos, que deveria ser a mais profissional de todas, pois comenta futebol há anos.
Muito provavelmente a Globo e seus canais esportivos não irão revisar seus processos, pensando nas próximas olimpíadas, em Los Angeles. É mais barato convidar ex-atletas para bicos na programação do que ter um time de profissionais para comentários isentos e bem colocados.