A mídia da capital, rádio e TV, foi exemplar na cobertura do jogo final do campeonato sábado na Ressacada, ao registrar e lamentar os incidentes extracampo.
Foi também correta ao opinar não ter sido pênalti o lance que decidiu a partida, atribuindo ao VAR a decisão. Na verdade, aí existe um pequeno reparo pois se o árbitro foi induzido ao erro a decisão final foi dele.
Gustavo Ervino Bauermann, de 29 anos, trabalhou sob enorme pressão da Chapecoense, cujos dirigentes já durante a semana passada inocularam o vírus da desconfiança, ao lembrar que ele quando era mais jovem foi dispensado da base do clube.
Nenhum serviço aguentaria tamanha pressão, que começou ainda no primeiro jogo em Xanxerê. E se materializou nos primeiros segundos de partida sábado, quando o treinador Gilmar Dal Pozzo urrava fora de campo, saindo da sua posição para ameaçar o juiz.
E foi até o final, quando entrou em campo como um louco para agredir Bauermann, o que só não aconteceu porque o árbitro saiu correndo.
Gilmar e o presidente da Chapecoense ainda ocuparam microfones para dizer que haviam sido “roubados.”
Foram incidentes lamentáveis, que exigem punição imediata.
Os torcedores, por outro lado, podem punir o treinador não querendo que ele treine time da Capital tão cedo, a não ser que ele se desculpe e admita os erros que cometeu no período fora de si.
Fórmula e campos
A imprensa também se salientou por registrar durante toda o campeonato que a fórmula aprovada pelos clubes tinha problemas, o que ficou claro pelos dois times que chegaram a final sem vencer os últimos jogos.
Foi o campeonato dos empates, tirando brilho da competição sem o sabor das vitórias.
O estádios também foram criticados , bem como o número de clubes envolvidos – 12 – numa clara festa do interior.
Destaque 1
Os programas esportivos das emissoras de rádio tiveram grande destaque especialmente na faixa do meio-dia, onde a CBN segura duas horas de programa e a Jovem Pan 1h30.
Destaque 2
O fato novo nas equipes esportivas foi a presença de Marcelo Mabília na CBN, com comentários forte mas tranquilos, com conhecimento de causa.
Está caindo de maduro fixá-lo no Debate Diário ao lado de Roberto Alves, Rodrigo Faraco e Chico Lins.
Destaque 3
Como lembrado pela coluna em outra oportunidade, a transmissão de todos os jogos do campeonato pela FCF TV foi um grande destaque. Não só como informação do publico como também por alimentar a mídia de todo o Estado.
Competição
Existe uma ótima competição entre as duas rádios da capital, com a CBN à frente do Ibope fazendo valer sua maior estrutura, seu investimento e o apoio das outras mídias da NSC.
A melhorar 1
Há pontos para evoluir, pois a duas emissoras tem apenas um narrador de peso, Salles Jr e Paulo Branchi. Deveriam ter mais um no mesmo nível, para acompanhar os dois times da capital
A melhorar 2
O diretor de TV do jogo de sábado não esteve a altura do espetáculo. Parece que os dedos estavam sem agilidade para mostrar o que acontecia, como na entrada dos times, quando focou detalhes e não a geral da festa das torcidas, em especial a do Avaí.
Aparentemente havia mais câmeras do que nos demais jogos, complicando a escolha do suíte.
Tudo errado
A invasão de alguns torcedores no final é um tópico a lamentar. Pior do que isso só a voadora que o jogador Jimenez deu no torcedor do Avaí.
Tudo errado. Torcedor dentro de campo fazendo gestos obscenos para a torcida da Chapecoense e a voadora do jogador.
Futuro
Agora foi-se o campeonato regional e começam os nacionais, das séries B e C. A ver, então, o que o catarinense 2025 contribuiu para elevar o nível no nosso futebol.