O deputado estadual Júlio Garcia (PSD) mostra mais uma vez que é o nome mais forte dentro da Assembleia Legislativa de Santa Catarina.
Com o título de deputado estadual mais longevo da Alesc, tendo assumido pela primeira vez uma cadeira no parlamento em 1987, mais do que ninguém Júlio conhece os caminhos que devem ser percorridos para se eleger presidente da Casa em 2025.
Na matéria publicada por mim na quarta-feira, 27, quando os três deputados do PP declararam apoio a Júlio Garcia na corrida pela presidência, eu já tinha dito que outros partidos também estavam com ele nessa eleição.
Publiquei que pessoas de dentro da Alesc confidenciaram que Podemos, União Brasil e PSDB também já teriam manifestado apoio ao deputado do PSD. O deputado do partido Novo, Matheus Cadorin, informou que já tinha declarado apoio para Júlio Garcia antes mesmo do PP.
E nesta quinta-feira, 28, Podemos e União Brasil também confirmaram apoio à candidatura do pessedista na corrida pela presidência. A surpresa veio do Republicanos, que tem na Alesc o deputado estadual Sérgio Motta.
O partido também fechou com Garcia, mesmo o Republicanos de Santa Catarina sendo comandado pelo deputado federal Jorge Goetten e por Juca Mello, ambos escolhidos pelo governador Jorginho Mello.
Com os apoios anunciados ontem, Júlio Garcia já tem os votos de Napoleão Bernardes (PSD), Mário Motta (PSD), Matheus Cadorin (Novo), Zé Milton Scheffer (PP), Altair Silva (PP), Pepê Colaço (PP), Paulinha (Podemos), Camilo Martins (Podemos), Lucas Neves (Podemos), Jair Miotto (UB), Sérgio Guimarães (UB), Marcos da Rosa (UB) e Sérgio Motta (Republicanos).
E O PARTIDO LIBERAL?
Com o voto do próprio Júlio, ele já soma 14 votos a seu favor, que já é maior que a bancada do PL na Assembleia, que tem 12 deputados estaduais. Faltariam se pronunciar as bancadas do MDB, PT, PSDB, Psol e PDT.
Com o andamento das conversas, não será um espanto se o próprio Partido Liberal fechar com o deputado do PSD, já que o caminho natural dessa eleição ruma para um consenso.
Tudo porque, se o PL realmente resolver lançar um candidato e pressionar o MDB a ir junto, ambos podem ficar sem cargos na composição, pois Júlio Garcia daria preferência na composição da Casa para os partidos que o apoiaram nessa disputa.
O MDB, que de bobo não tem nada, sabe desse perigo e não iria se enfiar numa barca furada e bater de frente com Garcia, que foi quem o ajudou em 2023.
Então é quase certo afirmar que o próximo presidente da Alesc a partir de 2025 será mesmo o deputado Júlio Garcia. Isso só não vai acontecer se as forças estranhas da política resolverem agir e colocarem outras cartas na mesa, o que hoje é improvável.