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A elite, a regra, o que falta e grana

Foto: Alexandre Loureiro/COB

1 – O show e a maneira

O show dos Jogos de Paris 2024 terminou com a música My Way e a tradução da letra diz mais assim: “Houve momentos que eu dei um passo maior do que a perna; apesar das dificuldades; das dúvidas, enfrentei tudo e continuei de pé. Fiz isso do meu jeito. Amei, ri e chorei! Tive minhas conquistas, perdi e agora, enquanto as lágrimas diminuem, achei tudo divertido, porque fiz tudo a minha maneira. Poderia ter feito melhor”.

 

2 – Daqui a quatro anos

Os Jogos serão realizados em Los Angeles e pela terceira vez. Não sei como será, que tecnologia e conhecimentos serão usados, para mostrar as imagens e apurar os resultados. Tudo será diferente entre protagonistas e figurantes deste show profissional, vendido a peso de ouro para a mídia mundial para pagar a participação de cada um deles.

 

3 – As mentiras

Os prêmios aos atletas são pagos pelo COI – Comitê Olímpico Internacional e, repassados pelos governos que ainda cobram impostos sobre os ganhos dos técnicos, atletas e patrocínios.  Não deveria cobrar de atletas que melhoram a imagem do país, representam a pátria, aumentam a autoestima da população, distrai o povo que canta e se emociona junto com eles. Não temos uma política esportiva, hoje nos esquecemos deles, sem reconhecemos os sacrifícios que fazem para representar o país.

Atletas oriundos de famílias pobres recebem do Estado uma bolsa atleta estipulada entre R$ 370, a R$ 410,28; uma bolsa família aos pobres de R$ 600,00, enquanto que os criminosos condenados recebem R$ 1.320,00.

 

4 – As brasileiras não jogam

Foto: Reprodução

Jenni Hermoso, jogadora de futebol espanhol tem razão em dizer que as brasileiras não jogam futebol, porque caiam a todo instante, parando o jogo, ganhando tempo e isso não é futebol, é outra coisa. No Brasil durante o jogo tem mais cai-cai do que chute ao gol e isso engana o público, irrita os adversários. O que se vê no estádio e na tela da TV não é futebol.

 

5 – Ainda falta e faltam

Foto: Beno Küster / Avaí F.C.

Para o Avaí ainda faltam 18 jogos para realizar o sonho de chegar a Elite do Futebol Brasileiro e, ao Figueirense – quatro vitorias para chegar a Segunda Divisão. O Enderson Moreira fez a torcida do Avaí sonhar e a do Figueirense, com a derrota do Tombense, sonhar em se classificar para os quadrangulares, que com três vitorias o colocará de volta à Segunda Divisão. Ainda faltam jogar contra o São Jose e Volta Redonda.

 

6 – Duelo de medalhas

Foto: Reprodução

O que vale é a soma dos números de medalhas de ouro conquistadas, uma herança da Guerra Fria quando Estados Unidos e Rússia disputavam a hegemonia esportiva dos JJOO. O confronto de agora é contra a China. Uma medalha de outro no basquetebol feminino deu ao Estados Unidos o título, mas se somarmos as de prata e bronze, o banho americano foi grande. Quer dizer que somar prata e bronze não vale nada?

 

7 – Os velhos vícios

Foto: Leonardo Moreira/Fortaleza EC

A mídia nacional, ao contrário de enaltecer o surgimento do Fortaleza, como candidato ao título, bate no Flamengo e no Palmeiras, que se postam como vítimas da arbitragem e do VAR, até a Federação Carioca se mete no que não é dela.

 

8 – Padarias no bairro

Quando sugerem a união de Avaí e Figueirense como solução, lembro que um clube só na Ilha pode acabar como o Joinville. Eu uso a metáfora de duas padarias no bairro onde você mora, que lhe permite escolher onde comprar pão por qualidade, preço, amizade com o padeiro ou atendimento. Com uma só no bairro você não pode ensinar aos seus filhos onde comprar o melhor pão e lhe dizer qual é a melhor padaria. Uma só sem concorrência piora o atendimento e a qualidade e com as ideias contrárias.

 

9 – Perda de tempo

Estou acostumado a assistir aos jogos de futebol, sob a orientação da UEFA com descontos moderados, sem os exageros que assisti nos Jogos, interrompidos por câmbios numerosos, pausas para tomar agua, advertência aos jogadores a cada cobranças de corners, tolerância com as lesões fingidas, um minuto a mais por cada gol marcado, tolerância ao tempo perdido pelos goleiros para repor a bola em jogo. Os árbitros deixam de aplicar as regras e até ensinam a regra aos goleiros e ao cobrador, quando da cobrança de pênaltis, como se fossem crianças e não profissionais que deveriam saber de cor como cobrar e como defender a cobrança.

10 – A gente copia

O deputado Napoleão Bernardes, um “alemão” de Blumenau, terra da Octoberfest, do chope e da cerveja, apresentou um projeto de lei na ALSC permitindo a venda de bebidas com álcool nos estádios em SC, liberando os períodos de até 2h antes e 2h depois de terminar os jogos.

A “lei” não vale para os bares em torno dos estádios, só vale das arenas?

 

11- O sacrifício

Foto: Reprodução

“É um momento duro, trabalho me esforço a morte, enfrento o adversário com tudo, mas as vezes não é o suficiente. Me sacrifico, a família, os amigos e a vida. O esporte te derruba e tens que levantar, voltando mais forte. Uma desclassificação em uma prova não é o fim, me redimo e volto. Chegar em quarto tem um gosto amargo, mas volto satisfeito porque melhorei o meu tempo, só posso ir mais rápido e isso me motiva continuar treinando.

O homem mais veloz do mundo saiu do estádio assim.

 

Fim

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

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