
Depois de dez meses de pandemia, com os piores dados estatísticos possíveis, e nos momentos decisivos para a aprovação de vacinas, o jornalismo da TV vive um grande momento. As informações estão sendo acompanhadas rigorosamente de cima e mostram a realidade sem subterfúgios.
A TV fez sua parte ao cobrir esperançosamente os esforços do governo paulista para aprovação da Coronavac, mas registrou que a divulgação do Butantan/João Dória foi equivocada ao anunciar um número parcial de eficácia de 78 % e depois cair na real dos 50,38 %.
A atitude paulista não contribuiu em nada para que as pessoas acreditem na imunização e só não é pior do que o negacionismo e a incompetência do governo federal ao tratar do tema.
Pressão
Os robôs da turma do mal, por outro lado, estão em atividade plena, atacando a mídia e seus personagens mais relevantes. A pressão é diária e insistente. Jair Bolsonaro chegou a chamar o editor-chefe e apresentador do Jornal Nacional, William Bonner de “sem vergonha” e “canalha”.
Indiferente a pressão, a mídia segue mostrando porque quase 50 países já iniciaram a vacinação e por aqui nada. Se alguém tinha dúvidas que ainda somos terceiro mundo deve ter esclarecido agora.
Domingo
O lance mais importante dessa saga, decisiva para o nosso futuro, será dado domingo quando a ANVISA divulgar a avaliação dos pedidos de registros da Coronavac e da AstraZeneca. E logo em seguida, se aprovadas, deverá ser definido o Plano Nacional de Imunização com datas. Por certo, nem a mídia e nem ninguém irá ficar passiva se houver uma disputa de quem fará a primeira aplicação para foto e vídeo A saúde de todos é mais importante do que marketing político neste momento.