A mudança histórica, depois de 30 anos, na apresentação do Jornal Nacional vai mudar o estilo sisudo e indiferente, que o caracteriza?
Se dependesse do estilo dos âncoras, provavelmente sim. William Bonner, que sai, assumiu a personalidade de quem substituiu anos atrás, com leitura correta e pequenos gestos, mas com participação mais na editoria-chefe do que em opinião.
César Tralli, que esperava ansiosamente pela promoção, mexeu no estilo de apresentar no Jornal Hoje, intervindo com pitacos em quase todas as reportagens, em alguns casos parecendo exagerado. Comentários de whatsapp, diz um leitor da coluna, tipo “que pena, nossos pêsames, lamentamos”, nada comprometedor.
No JN será diferente. Uma palavra mal colocada provocaria sérios danos a imagem do jornal diante dos milhares haters da internet.
E véspera de ano de eleição o cuidado é redobrado. Afinal, a repercussão das entrevistas eleitorais ajudaram Bonner a pular fora do barco. Cansou.
Em resumo, na opinião da coluna, não muda nada. O objetivo maior, no entanto, é estancar a queda de audiência do telejornal, sempre impactado pelo desempenho das novelas antes e depois das notícias. E também pela falta de novidades, já que quase tudo visto à noite já foi compartilhado pela internet ao longo do dia.
Em tempo: o cenário vai ser atualizado. Mudará a forma, então.
Enfim, algo novo no YouTube

A estreia da GE TV da Globo pode não ter captado todo o púbico que queria na estreia no jogo Brasil x Chile: foram picos de 1,4 milhão de assistentes, quando esperava cerca de 6 milhões.
Na noite seguinte, na disputa pela audiência do jogo da NFL disputado em São Paulo, ficou com bem menos expectadores do que a desafiada Cazé TV: 1,2 milhão contra 9 milhões.
Mas a Globo conseguiu colocar um produto realmente novo no ar, um respiro para quem anda incomodado com as obviedades do canal aberto e a SporTV, com narradores falastrões e gritões, opiniões desinteressantes e ultrapassadas.
O objetivo não é esse, ser opção aos canais da casa, mas bater a Cazé TV que tem 22 milhões de inscritos no Youtube e incomoda com audiência e faturamento.
Isso está longe de acontecer ainda, mas o trio Jorge Iggor, Luana Maluf e Bruno Formiga entregou uma narração leve e extrovertida. E acima de tudo, correta.
Credibilidade
A TV SCC, afiliada do SBT, anunciou que transmitiria a Copa Santa Catarina, mas desistiu sem avisar.
Há poucos dias, armou uma entrevista com Carlos Bolsonaro enviando previamente as perguntas, que só não se concretizou porque o entrevistado caiu fora.
Duas atitudes somadas que mexem com credibilidade.
Uma imagem vale…
Um dia tinha uma avenida movimentada em Gaza, tempos depois só ruínas.









