O jogo do bem e do mal na mídia e redes sociais

Todos os fatos que envolvem a Covid-19 são superlativos. Alguns deles só encontram alguma comparação com a gripe espanhola de 1918, que matou 50 milhões de pessoas. A diferença para a atual pandemia está na existência nas redes informais e de alguns profissionais negacionistas que multiplicam informações mentirosas.
Aqui a relação de alguns pontos que se destacam em parte da mídia hoje, que contribuem com o mal estar das pessoas, cansadas das restrições desde março de 2020. Muitas procuram os serviços de ajuda psicológica para conter o agravamento da ansiedade. Segundo a Organização Mundial da Saúde, já antes da Covid o Brasil já era o país com maior número de ansiosos no mundo.
- Nunca um ministro da saúde foi tantas vezes chamado de mentiroso, ao se atrapalhar nas informações de todos os tipos e negar declarações que estão gravadas. Como por exemplo, dizer que não empurrou cloroquina para atendimento precoce, quando foi à Manaus justamente para isso;
- Nunca um presidente negou tanto uma doença, falou tão mal do país produtor de vacinas (China), se desdisse ao ter que assumir a Coronavac e não ter nada a prometer de agora em diante em que as pessoas de fato acreditem, depois do fracasso da importação da Oxford indiana;
- Nunca um pequeno (felizmente) grupo de jornalistas , veteranos na profissão, disse tantas inverdades em espaços editoriais pregando medicamentos sem eficácia comprovada, negando o uso de máscaras e o isolamento social;
- Nunca houve tantos serviços pagos para disseminar milhares de informações falsas pelas redes sociais.
Por outro lado, cabe registrar pelo lado positivo que houve contraponto a esses fatos.
- Surgiram novas fontes de informações – médicos e médicas infectologistas, pesquisadores, professores que despejaram um grande número de esclarecimentos à população;
- A maior parte da mídia realçou seu papel de divulgadora do bem;
- Serviços foram criados para expor as fake News;
- Os propagadores de notícias falsas perdem a credibilidade a cada dia (credibilidade não é que se acha que tem. Isso é prerrogativa dos outros)
A recuperação da saúde da população ainda é lenta, mas na medida em que as fábricas puderem produzir as vacinas em larga escala estaremos deixando este mal para trás. Também deverão ficar para trás os mentirosos e negacionistas.