A bancada do MDB se reuniu na terça-feira, 29, na Assembleia Legislativa do Estado para definir a contraproposta que a executiva estadual entregará para o governador Jorginho Mello (PL) no encontro dessa quarta-feira, 30, na Casa D´Agronômica.
Segundo relatou uma fonte, além da Secretaria da Agricultura, da Cidasc e da Epagri, o MDB catarinense quer a Casa Civil para estreitar laços com o Governo e garantir apoio à reeleição de Jorginho em 2026.
Além da Agricultura, a Cidasc e a Epagri, que possuem orçamento próprio, o projeto do MDB é contemplar o Deputado Federal Carlos Chiodini com a Casa Civil. Desde aquela nomeação conturbada de Filipe Mello, filho do governador, para a Casa Civil, que depois acabou desistindo, o procurador de carreira Marcelo Mendes assumiu a pasta, mas sem a indicação de um adjunto.
Há conversas de que a vaga desejada por Chiodini foi oferecida na semana passada por Bruno Mello e Filipe Mello ao Secretário da Casa Civil de Topázio Neto, Carlos Eduardo de Souza Neves, como um gesto de agrado ao prefeito de Florianópolis.
Esse convite não estaria vinculado à ida de um dos filhos de Jorginho Mello para a Casa Civil de Topázio, na Prefeitura de Florianópolis, mas essa possibilidade não está sendo descartada. Tanto Bruno Mello quanto Filipe teriam perfil para ocupar a vaga em Florianópolis.
A dúvida que fica agora é se o governador de Santa Catarina vai ceder aos pedidos do MDB e abrirá espaço na Casa Civil para Carlos Chiodini ou se manterá o convite para Carlos Eduardo assessorá-lo no Governo do Estado.
Fato é que o MDB vai jogar alto e só vai compor com Jorginho Mello se os ganhos forem bons para todos. Não só Chiodini quer a Casa Civil, mas Lunelli quer a vaga de vice do governador na sua reeleição, Nadal gostaria de continuar presidindo a Assembleia e Jerry Comper quer poder indicar seus subordinados na Infraestrutura.
VAI DIFICULTAR
Já Jorginho não pretende abrir muito espaço para o MDB agora, pois se o fizer, vai ter que também contemplar os aliados que estão com ele desde 2023, como é o caso do PP de Zé Milton Scheffer e Altair Silva.
O governador de Santa Catarina quer colocar também na negociação com o MDB a vaga no senado, que hoje tem como titular a senadora Ivete Appel da Silveira, que herdou o cargo de Jorginho depois que ele se elegeu governador.
A intenção é colocar Ivete na Secretaria de Assistência Social, Mulher e Família e deixar o ex-prefeito de Imbituba, Beto Martins (PL), no Senado Federal.
Vamos esperar porque hoje o dia promete ser agitado na casa do governador, pois o MDB, que voltou a ser forte, vai mostrar que não perdeu a embocadura na hora de negociar o seu apoio.