
Quem esperava uma finalização no processo interno do MDB para escolher o pré-candidato da sigla ao governo do Estado saiu frustrado da reunião entre as bancadas estadual e federal e a executiva com a manutenção de tudo como está, na tarde desta segunda (6).
O MDB mantém a prévia marcada para o dia 19 de fevereiro e não resolve o dilema de quando terá liberdade para compor.
A expectativa de que o presidente da sigla, deputado Celso Maldaner, que, se especulava, sairia da prévia em nome do prefeito Antídio Lunelli, de Jaraguá do Sul, não concretizou o movimento.
O grupo de Antídio é o que mais defende a escolha antecipada com unhas e dentes, mas a possibilidade do senador Dário Berger deixar o partido, por conta da insistência, teve um peso equivalente.
Outro anúncio que era aguardado, um posicionamento sobre a reeleição do governador Carlos Moisés foi postergado, para não dizer olimpicamente ignorado.
Só um consenso entre os três candidatos mudará o destino das prévias, que então seriam canceladas em caso de comum acordo.
E no TRE
O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral determinou multa de R$ 20.056,60 (Vinte mil, cinquenta e seis reais e 60 centavos) ao MDB catarinense.
Motivo: gastos não devidamente justificados e a ausência de documentação comprobatória de pagamentos a autônomos. com a utilização do Fundo Partidário, no ano de 2019.
Bicos alongados
Conforme a coluna informou, um dos encontros de Moisés em Brasília, na semana passada, foi com a deputada federal Geovânia de Sá, presidente estadual do PSDB, que teria aberto as portas da legenda para o governador.
O fato é que antes de dar os passos maiores, os tucanos mais emplumados precisam ver como fica a situação interna, principalmente depois que o governador João Doria Júnior, de São Paulo, levou as prévias e deixou a pé os torcedores de Santa Catarina pelo governador gaúcho Eduardo Leite.
Tanto que no tucanato reina a cautela, como a do prefeito Clésio Salvaro, nome lembrado para concorrer ao governo, que prefere tocar a administração em Criciúma a entrar em divididas com os que esperam algum movimento em falso.
Muy amigos
O senador Jorginho Mello (PL), recém-catequizado bolsonarista de quatros costados, deve estar a pensar naquele adágio: onde passa um boi, passa uma boaiada.
Pré-candidato ao governo pelo PL, Jorginho acordou nesta segunda (6) com duas notícias que alegram seus adversários: o corte de R$ 40 milhões nas verbas federais para as Brs 470 e 163 e mais R$ 12 milhões dos investimentos previstos para outras estradas em Santa Catarina, números revelados pela NSC.
Nada como um dia após o outro, pois o senador, junto com seu escudeiro, o deputado Ivan Naatz (PL), chegaram a ser contrários aos R$ 450 milhões repassados pelo governo do Estado sob o argumento de que o governo federal complementaria verbas e que o que vinha dos cofres catarinenses não seria necessário para as BRs 470, 163, 280 e 285.