A Lei do Ex vale também para técnico de futebol? Foi o que vimos neste domingo, na Arena Condá. Gilmar Dal Pozzo deu o troco no Avaí com a vitória da Chapecoense por 1 x 0 sobre seu ex-clube. Todos lembram que ele foi demitido no início do returno e deixou a Ressacada magoado. O resultado tirou a Chapecoense da zona de rebaixamento e complicou a vida do Leão rumo ao G-4. O Avaí tem 10 jogos por fazer e precisa de pelo menos sete vitórias para pensar no acesso. Cá para nós, uma missão complicada diante de uma competição tão equilibrada como a Série B deste ano.
Nó tático?
Não dá para dizer que Dal Pozzo deu um nó tático em Moreira, que o substituiu no Avaí, até porque os dois esquemas estavam bem parecidos. Mas a Chapecoense jogou a partida como uma decisão, com entrega e atenção aos detalhes. Ganhou pelos lados, especialmente com o lateral Mancha e Rafael Carvalheira, este jogando pela direita e que marcou o gol da vitória. Justo no setor do lateral esquerdo Natanael, que foi destaque negativo tanto no apoio quanto na defesa. Nem ele e nem Garcez conseguiram fechar o corredor.
Cadê?
As escolhas de Enderson Moreira não foram boas para este jogo e o próprio técnico reconheceu no pós jogo. Rendimentos individuais abaixo do esperado. Dá a impressão de que o treinador não consegue mais extrair qualidade, muito por conta da produção coletiva da equipe. O Avaí treina tanto, mas quando joga não consegue mostrar conjunto. Às vezes a equipe tem dificuldade para jogar coletivamente e a improvisação não funciona.
Ataque de asma
Miguel Livramento sempre dizia assim quando queria criticar o ataque. “Ataque de asma só faz mal a quem tem”, dizia ele. Garcez chegou ao seu vigésimo jogo sem balançar as redes adversárias. Perdeu gol incrível na frente do goleiro. Falta confiança e decisão. Vagner Love sempre distante da área, território que ele conhece e que o levou a fazer 402 gols da carreira. Volta demais, se desgasta e a energia acaba logo.
O ataque do Avaí só não é pior do que o do Brusque e o do Operário. Iguala o da Chapecoense com 23 gols. Pouco para quem quer subir. Uma pena que Hygor mais uma vez saiu sentindo lesão e tem mais tempo de DM do que jogando. No onze azurra, quase ninguém se salvou no confronto de domingo. A Chape deu a bola para o Avaí e o time não soube o que fazer com ela. Cadê o gol? Posse de bola não quer dizer nada. Que o diga Renato Gaúcho.
Lanterna da Copa SC
Lanterna da Copa Santa Catarina, que dá ao campeão uma vaga na Copa do Brasil, o Figueirense saiu vaiado do Scarpelli na derrota para o Hercílo Luz por 1 x 0 no domingo. Uma pobreza só, desanimação total e falta de qualidade. Sem brilho, tesão para mudar o jogo. Foi dominado pelo adversário que fez o básico. Um gol e tá bom. Boa parte dos 1.740 torcedores presentes chegaram a gritar olé na troca de bola do Hercílio. A impressão é de que o grupo está apenas aguardando as férias.
Impacto da RJ
Na goleada para o Concórdia, Carpegiani disse que faltou vontade, chegou a falar em dignidade. Mudou pouco do que ele disse semana passada. Foram três jogos e duas derrotas sem que a equipe jogasse. O comandante alvinegro mudou peças, mas não conseguiu qualidade de um grupo que fracassou na Série C. Parece que no Figueira a preocupação é com o futuro alvinegro, um bombardeio na mídia sobre a recuperação judicial. De futebol, nada. Quinta-feira (26) tem sofrimento de novo, no Scarpelli, 20 horas, contra o Barra, o algoz do Estadual.
Z-4 tá próximo
Saiu não sai e o jogo do Criciúma contra o Athletico foi realizado na noite de domingo. O adversário teve dificuldade para chegar ao local do jogo. O que não saiu foi o gol. Um empate melancólico que deixa o Tigre pertinho da zona de rebaixamento. O Criciúma faz uma campanha de permanência, mas não pode deixar passar oportunidades diante do torcedor. A finalização foi o grande problema neste jogo. Tencati precisa abrir o olho, a competição vai afunilando e têm dois gigantes ali embaixo querendo levantar.
Master azurra
A equipe Master do Avaí ganhou do Araranguá por 4 x 0 no fim de semana. Os ídolos azurras em campo ainda têm qualidade. Douglas Silva, Emerson, Fantick e Adilson fizeram os gols. O jogo foi na Academia da Polícia Militar, porque o Avaí não liberou os campos do CFA. Uma pena. Luciano, Cedenyr, Rogério Pacheco, Douglas Silva, Balduíno, Jackson, Fantick, alguns dos destaques do grupo. O próximo compromisso do Master será contra o Coritiba, às 10h30min, na Academia de Polícia Militar, no sábado (28).
Quietinhos
Na rodada do fim de semana, algo aconteceu. O VAR ficou no seu quadrado, respeitando as decisões de campo. Era uma crítica que eu fazer: excesso de interferência do árbitro de vídeo, muitos querendo apitar o jogo. Dois pelo menos são viciados nas interferências ou mal orientados: Daniel Nobre Bins (RS) e Wagner Reway (MT). Conseguiram barrá-los. Que bom.