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“Opera Prima”, estreia do ator Chico Diaz na direção, vai encerrar o Festival FALA São Chico

Durante a pandemia, o isolamento social gerou o sentimento de solidão em toda a humanidade. Lidar com as emoções que estavam sendo vividas, estando preso no tempo, corpo e espaço, gerou desespero em muita gente. E para conseguir passar por isso sem “enlouquecer” foi necessário criar, recriar e usar e abusar de todas as formas de arte. Foi o que o renomado ator e diretor, Chico Diaz, registrou no Diário Dentro da Noite, um documentário produzido por ele mesmo durante o período de confinamento.

Foi enquanto ensaiava para a Peça “A lua vem da Ásia”, atualmente em turnê pela europa, que Chico fez os registros.

Diário dentro da noite, documentário de 67 minutos é o filme convidado para encerrar o Primeiro Festival Audiovisual Latino-Americano de São Francisco do Sul – FALA São Chico, e que os catarinenses terão a oportunidade de assistir no próximo dia 28. “Para mim é uma honra encerrar no dia 28 o Festival Audiovisual Latino-Americano – FALA São Chico que está na primeira edição, apesar de que realmente acho um filme de alcance limitado pois é umbilical, é cabeça, é pretensioso no sentido de tentar representar através de experiência pessoal um sentimento coletivo. Aproveito e convido a todos para irem ao Cine Teatro X de Novembro”, comentou o ator.

O FALA São Chico será realizado durante os dias 25 e 28 de maio, em São Francisco do Sul (SC) e terá extensa programação totalmente gratuita que pode ser conferida no www.falasaochico.com.br.

Chico Diaz,  que tem mais de 40 anos de profissão e, em 1981, participou pela primeira vez de um Festival de Cinema, com o filme “O Sonho não Acabou”, reforça a importância destes eventos.  “Eu como latino-americano, nasci no México, já morei no Peru, Costa Rica e Paraguai, vejo o esforço e a intenção de Festivais como  o FALA e o FAM sendo algo fundamental. Mesmo que os tempos sejam contra integração, a resistência de Festivais como esses que proporcionam essa troca entre produtores, diretores e atores, é muito interessante. Os festivais são pra isso: para fazer as pessoas se encontrarem e saber o que está se está fazendo, ideias, editais e fomento da realidade Audiovisual no Brasil e na América-Latina”.

Apesar de dizer que não pensa na próxima obra, confessou que tem um lugar em Portugal, uma Quinta com muita mata, árvores nobres altas e que em junho venta bastante: “Senti vontade de fazer uma peça de 15 minutos, os ventos naquelas árvores determinam um universo extremamente dramático e me deu vontade de fazer uma peça ali, dentro daquela mata com vento que parece o fundo do mar, mas não defini personagens nem andanças”. 

Sinopse/ Diário Dentro da Noite: Durante a pandemia, confinado, um ator trabalha o texto de “A Lua Vem da Ásia” de Campos de Carvalho. Solidão e lucidez, estratégias de sobrevivência e manual de práticas cotidianas. A tese, a mesma, usar o confinamento como dispositivo para contar uma história. A necessidade de uma nova perspectiva. Como burlar os limites impostos pelo espaço, pelo tempo e corpo? Qual a saída? A memória? O afeto?

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