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Os caminhos da esquerda catarinense foram definidos pelo PT e por Décio Lima

Desde a formação da Frente Democrática de Esquerda de Santa Catarina o PT e principalmente o ex-deputado Décio Lima (PT) foram quem comandaram as principais decisões para as eleições de 2022.

A frente de esquerda começou com o PT, PSB, Solidariedade, PV, PCdoB, Rede, Psol e PDT. O primeiro impasse começa com a escolha do candidato ao senado, onde Décio queria colocar Boeira (PDT) e o Psol queria Afrânio Boppré.

Essa discussão, que foi a primeira, acabou indo para o fim da fila. Mas o maior embate foi entre o próprio Décio Lima e o senador Dário Berger (PSB), onde os dois queriam ser o cabeça da chapa.

Como tem o apoio da maioria, até por uma questão de identificação, Décio levou a disputa e é hoje o candidato ao governo do estado.

Depois volta a discussão para o senado, onde Décio, para acomodar o PSB, coloca Dário Berger como o candidato natural à sua reeleição.

Com isso, o PDT e Psol não concordam porque queriam ver seus pré-candidatos nessa vaga. Décio oferece a cadeira de vice para o PDT, mas Manoel Dias não aceita e sai do grupo.

Psol e Rede também não concordam com o nome de Dário ao senado e segue o mesmo caminho. A esquerda então acaba com cinco partidos para escolher o candidato a vice na chapa do petista.

O PSB aprova os nomes de Marcilei Vignatti e Rodrigo Bornholdt para compor a chapa, mas o PT, influenciando o PCdoB e PV, querem o de Bia Vargas, um terceiro nome que sequer estava na lista de escolhas.

A vontade de Décio novamente prevalece e Bia Vargas acaba na chapa com o petista que, no fim de toda a história, acabou por definir praticamente tudo na Frente Democrática de Esquerda.

Se isso foi bom ou não para o grupo, só o tempo e as urnas é que vão dizer, mas que é um fato que a possível vitória de Lula no cenário nacional deu a Décio Lima o poder de escolher tudo como bem entendesse.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

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