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Permanecer, subir, injúria, tocaia e saber onde sentar

(Foto: Pietro Carpi/ ECV)

1 – Figueirense na Série C

Quando saiu a tabela dos jogos do Figueirense no quadrangular com quatro clubes, o treinador Junior Rocha, eufórico, acreditou que a decisão seria em casa, no último jogo. Esqueceu que tinha de somar, no mínimo um ponto nos três jogos fora de casa contra: ABC, Paysandu e Vitória fora de casa. Não ganhou nenhum ponto.

Assim com seus pontos ganhos terá que vencer o último jogo em casa, mas precisará que o Vitória com oito pontos ganhos, não vença o Paysandu, a decisão de “Copa do Mundo para o Vitória” fora de casa, pensando na promoção e o ABC, no Scarpelli pensando na disputa do título de campeão brasileiro da terceira divisão.

As chances e as decisões do Figueirense foram fora de casa, no último com um 11 contra 10 do Vitória, continuando a jogar por um empate, saiu de campo derrotado e em terceiro lugar…. Ainda há esperança e ilusão que a história possa se repetir, como quando a torcida do Avai ficou no estádio esperando o resultado de um jogo no Ceara? Quem sabe, um milagre possa acontecer!

 

2 – A esperança é a ultima que morre

Pois o Avaí vai jogo a jogo, nestas 11 partidas que faltam, disputando o seu campeonato, que é a permanência na primeira divisão ou como gostam de dizer os prosas e provincianos: na elite do futebol.

Graças aos pênaltis e ao Bissoli, o Avaí com 33 pg, necessita somar mais 12 contra estes adversários: Atlético GO, Botafogo, Fortaleza, Cuiabá, RBragantino e Santos, na última rodada para “fazer” os pontos e permanecer.

 

3 – De grão em grão

Bissoli, atacante emprestado pelo Athletico ao Avaí, sem ser mediático junto à torcida como Cortes, Muriqui e Guerrero, é o artilheiro do time com 13 gols, atrás de Cano, do Fluminense, e Pedro Raul, do Goiás, com 15 gols. Não perde cobrança de pênaltis, foram seis e, coisa rara entre os jogadores de futebol brasileiros, não errou nenhum.

Reprodução

 

4 – Nem tão louco assim

Lisca Cirne Lima foi elegante na entrevista coletiva ao final do jogo Avaí 1 x 0 Atlético MG, agradecendo e destacando o trabalho de Eduardo Barroca.

Dedicou à vitória ao outro e que não mudou nada taticamente do que vinha sendo feito e, que apenas motivou aos jogadores para alcançarem a vitória de 1 a 0 frente ao Atlético Mineiro, revelando que de todos os pênaltis cobrados por Bissoli, este foi o pior, mas que valeu pela vitória.

Quem esperava que Lisca se vangloriasse, ou dessa uma de louco, saiu frustrado da coletiva.

 

5 – Tocaia ou o que vale mais?

Reprodução

Estes penduricalhos aparecem em primeiro plano nas fotos e nas imagens para a televisão, sites ou redes sociais, nas entrevistas coletivas realizadas pelo Avaí ao final dos jogos.

Quem paga mais o anunciante “máster” ou esse merchandising clandestino que de tocaia se aproveitam da “competência” de quem vende a imagem do clube?

A CBF deveria disciplinar o uso de propaganda nos uniformes dos clubes, permitindo um único anunciante como ocorre na liga inglesa e espanhola, nas costas apenas o nome do jogador e o número da camiseta. Eles querem levar vantagem em tudo. Você usaria uma camisa com seu nome e número nas costas, com um único anunciante na frente?

 

6 – Provocação e menosprezo

Não é permitido em uma “pelada”.

Neste final de semana seis jogadores foram expulsos por exagerarem na comemoração. No jogo Athletico x Londrina, Daniel Cruz gerou um tumulto que terminou no gramado; Pedro Raul do Goiás comemorou o gol na torcida adversária e recebeu o segundo amarelo.

Não pode ser desrespeitoso com o adversário e com a torcida, isto é tão velho como o futebol, e não tem nada a ver com o racismo que Vinicius Jr. teve que suportar nas últimas horas. Veja aqui.

 

7 – Atlético x Real Madrid

O clássico local final 2 a 1 para o Real e Vinicius esteve na berlinda, desde que Pedro Bravo foi taxado de racista por criticar o “baile” que Vinicius e Rodrygo fizeram após marcar um gol. Ele usou uma expressão, que na cultura portuguesa quer dizer: “parar de fazer macaquices”. Gerou uma revolta entre os brasileiros e defensores do Real, condenando Pedro.

Antes do jogo, quando Vinicius foi aquecer os torcedores do Atlético gritavam “mono”, que em espanhol quer dizer macaco. Eu ouvi todos os torcedores no estádio do Barcelona gritar para Hugo Sanches, enquanto aquecia: mono.

Você se considera racista e nunca gritou: “gaúcho viado! Gaúcho viado”?

 

8 – Negros de um lado e de outro

No time do Atlético de Madrid jogam três negros e, se seus torcedores fossem racistas, pela lógica estes jogadores não podiam vestir a camisa do clube. Este fato discutido até agora me lembrei que se todos os jogadores e jornalistas fizessem como as mulheres americanas e se unissem num “Me Too”, as injúrias raciais cometidas no calor das disputas, não se repetiriam.

Eu penso que contra uma pessoa considero uma ofensa e uma injúria, contra um coletivo como no Sul dos USA e na África do Sul, sim racismo. Mas em um campo de futebol xingar a mãe e os gaúchos pode. Coitada da mãe e dos gaúchos! Pura hipocrisia.

 

9 – Macaco, bode e galo

Nos debates esportivos que dividia com Lauro Burigo, ele tinha o costume de me chamar de “bode velho”, por causa do meu cavanhaque de pelo branco e eu retribuía chamando-o de “galo cego”, porque só tinha um olho. Nem eu nem ele dávamos bola.

Mas esse jogo entre o Atlético x Real é igual a um Avaí x Figueirense, como aquele em que o Marquinhos fez “Créu” ou que os jogadores do Figueirense subiram de cuecas no distintivo do Avaí na Ressacada.

Nos dois casos: festejando uma vitória. Mas os torcedores que condenam são os mesmos que escrevem ofensas nas redes sociais e algumas homofóbicas. São coisas tão velhas, brincadeiras de rua, como o futebol.

 

10 – Infância

Sou do tempo que homem era homem, que mulher era mulher e, que tudo que acontecia no campo, ficava no campo, ninguém mais discutia no churrasco. Lembrei da minha infância e de como brincávamos num dia e no outro íamos ao cinema juntos, nos anos de 1950 até 1960, como nesta foto de amigos de rua e de bairro no Vasquinho F C, do Marco Aurélio, irmão do Nereu do Vale Pereira:

De pé: Marcio Di Bernardi, Dourado, Mazo, Gastão, Vadinho e Nilton Poeta. Agachados: Décio, Chanico, Vilson, Anésio, Tico e Edir, o maletinha. Destes Marcio foi goleiro profissional no Avaí e executivo no Figueirense.

 

11 – Cota de TV

Da audiência do Avaí neste brasileiro da Série A: na TV Globo e Sportv foram seis jogos transmitidos: um pela TV Globo e cinco no canal Sportv, que renderá ao Avaí a quantia de R$ 8,4 milhões. Só os clubes da Série A têm direito, os das outras Séries não têm.

Fim.

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