Ponte Hercílio Luz: trânsito melhor neste final de ano?

No Uber, ontem, 14, o motorista, um paraibano muito falante, aponta para a Ponte Hercílio Luz e me pergunta:
- Quando reabrir a ponte, a senhora vai ter coragem de passar por ela?
Eu respondo que sim, claro. É para isso que a reforma está sendo feita, para que as pessoas possam usufruir dela.
- Ah, eu não sei se vou ter coragem. Acho ela tão velhinha.
A promessa é de que ela ficará "novinha em folha", digo, tentando tranquilizá-lo.
Muita gente está ansiosa pela reabertura da Hercílio Luz, especialmente quem já teve o prazer de transitar por ela, antes da interdição total ocorrida no início da década de 1990. Desde então, a reforma tornou-se tema de calorosas discussões na cidade e região: vale mesmo a pena recuperar essa estrutura, a peso de ouro? Não seria melhor derrubá-la e construir outra no lugar, mais moderna e mais larga, capaz de absorver parte do tráfego diário que hoje superlota as pontes Colombo Salles e Pedro Ivo?
Quanto a isto, não há mais o que discutir, pois a reforma já está entrando na fase dos "finalmente", pelo menos é o que garantem os responsáveis pela obra. A reabertura está prevista para dezembro. O que vem encucando muita gente é o que será feito nos acessos às cabeceiras da ponte e no entorno, a fim de garantir a operação viária e a mobilidade urbana. Segundo o projeto, nos primeiros dias apenas pedestres e ciclistas vão poder cruzar a ponte, depois será a vez dos ônibus. A prioridade deve ser mesmo o transporte público. A prefeitura pretende alterar o itinerário de 16 linhas de ônibus para a Ponte Hercílio Luz, num primeiro momento.
O que a população da Grande Florianópolis e os visitantes desejam é que, após tanto tempo e tanto dinheiro empregados nesta restauração, a Ponte venha auxiliar na mobilidade urbana, já que o trânsito é um dos nossos maiores problemas, e talvez o de mais difícil solução.